Albuquerque considera apagão “gravíssimo” e diz que Madeira tem autonomia energética

O presidente do Governo Regional considerou “gravíssimo” o corte de energia que ontem afetou Portugal continental e defendeu a realização de um inquérito para apurar as circunstâncias e garantir que o país tem autonomia energética para lidar com situações semelhantes.

“Eu tentei perceber o que é que se tinha passado, mas há diversas situações que ainda não são muito claras”, disse Miguel Albuquerque, quando questionado pelos jornalistas, à margem da apresentação do programa PhD Empresas, da ARDITI. “O que eu entendi é que uma parte da energia do país – não sei se um terço ou dois terços – estava a ser consumida a partir de Espanha e quando se deu a perturbação da parte espanhola, nós não tivemos possibilidades de por as nossas centrais a funcionar. Isso levou a um corte geral da energia no país, que eu acho uma coisa gravíssima.”

Nesse sentido, o governante defendeu a realização de um inquérito para apurar as circunstâncias do apagão e “garantir uma maior autonomia energética do país”. “Não podemos sustentar que, entre as 11h da manhã e a meia-noite, a capital do país fique sem energia, isto não é possível.”

Albuquerque salientou que as perturbações sentidas na Madeira foram mínimas e apenas indiretas, no caso dos tribunais, dos bancos ou de alguns serviços da administração pública.

“Nós continuamos com as nossas fontes de energia”, disse depois de ter sido questionado sobre se a Região estaria preparada se fosse diretamente afetada numa situação semelhante. “Nós temos autonomia energética na Madeira. Temos a nossa própria produção, portanto isso não está dependente de terceiros. Há situações que estão protocolizadas no sentido de, se houver falhas numa central, serem imediatamente substituídas por outras.”

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