Bispo do Funchal pede a Tiago e Marcos coragem para anunciar a “ressurreição”

O Bispo do Funchal pediu ao novo sacerdote e diácono, ordenados esta manhã, na Sé, citando o Papa Francisco, para que tenham presente o exemplo do Bom Pastor, “que não veio para ser servido, mas para servir e procurar e salvar o que estava perdido”.

Na celebração deste sábado, o Bispo ordenou o presbítero Tiago Andrade e o diácono Marcos Ornelas, apontando as quatro proximidades de que falava o Papa Francisco, “próximo a Deus na oração, próximo ao bispo que é vosso pai, próximo ao presbitério, aos outros sacerdotes, como irmãos, e próximos ao povo de Deus”.

Na homilia, com o título “Não podemos calar o que vimos e ouvimos”, o responsável católico alerta para as dificuldades que irão encontrar ao longo da vida, do ministério. “Ireis também encontrar muitos Sinédrios, que vos tentarão proibir o anúncio da ressurreição”, disse.

E acrescenta, que o Espírito Santo assuma o papel de “protagonista de toda a vossa vida e do vosso ministério”, e que dê “coragem” de dizer: “Nós não podemos calar o que vimos e ouvimos”.

Nesse sentido, o Bispo pede ao novo sacerdote e diácono, para que acolham o testemunho de todos os cristãos da Diocese. “Ireis encontrar muitos cristãos que, mesmo sem grandes conhecimentos doutrinais, serão para vós testemunhas do acontecimento da ressurreição. Acolhei o seu testemunho”.

No texto da homilia, D. Nuno Brás começa por referir que “Pedro e João estavam prisioneiros. O Sumo Sacerdote Caifás tinha pensado que tudo ficaria resolvido com a execução de Jesus (cf. Jo 11,50). Mas tal não sucedeu. Os acontecimentos impuseram-se: o Espírito Santo, derramado sobre os Apóstolos, tinha derrubado medos e incapacidades. O Espírito passara a ser o grande protagonista dos acontecimentos”.

Mas para os membros do Sinédrio estes apóstolos eram “iletrados e plebeus”, homens do povo e pescadores da Galileia, “que influência poderiam ter diante dos poderosos e mesmo diante dos outros plebeus como eles?”

Na verdade, os apóstolos foram testemunhas de tudo o que Jesus fez em Jerusalém, por isso não podiam “calar” o que tinham visto e ouvido.

Tinham sido testemunhas de um “acontecimento único da intervenção de Deus, em primeira pessoa, na história humana”.

E recordam: “Eles mataram-no, suspendendo-o num madeiro, mas Deus ressuscitou-o ao terceiro dia e permitiu-lhe manifestar-se, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos” (Act 10,37-42).

É também com base neste acontecimento, que D. Nuno Brás pede a Tiago Andrade e Marcos Rebelo que anunciem a doutrina com o objetivo de conduzir “os nossos irmãos ao encontro deste Senhor, para que possam viver dele, caminhar com Ele, permanecer em Sua casa. É permitir que, encontrando este Jesus, Ele lhes ofereça o sentido da existência”.

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