O Grupo do PS na Assembleia Municipal do Funchal lançou fortes críticas ao executivo camarário, acusando-o, em nota de imprensa, de subverter os valores do 25 de Abril.
No dia em que se assinalam 51 anos passados sobre a Revolução dos Cravos, os socialistas sublinham que não pactuam com um executivo “que se recusa a dar voz aos eleitos pela população, que subjuga o dia da Liberdade, da autonomia do poder local, dos valores da solidariedade, da igualdade e da fraternidade”.“Comemorar o 25 de Abril e não envolver os e as deputadas eleitas, os partidos, não permitir que todos usem da palavra é subverter tudo o que estes 51 anos representam: a pluralidade, a democracia, a tolerância, a liberdade”, afirma Andreia Caetano.
De acordo com a representante do Grupo Municipal do PS, em 48 anos de ditadura, Portugal implementou um regime férreo de censura, cujos efeitos ainda hoje se fazem sentir nesta “atitude prepotente de calar intencionalmente os partidos na Assembleia Municipal do Funchal”. Na ótica dos socialistas, esta postura denota um claro desrespeito pelos representantes que a população escolheu nos diversos níveis de poder.
“Para o Partido Socialista, as conquistas de Abril devem ser continuamente preservadas, vivenciadas e respeitadas, e isso faz-se pela prática diária e rotineira dos mecanismos que Abril abriu”, sustenta Andreia Caetano, rematando que “os valores de Abril não podem ser esquecidos”.