JPP quer saber se PSD e CDS já trataram do reforço de meios aéreos

O candidato do Juntos Pelo Povo (JPP) às eleições legislativas de 18 de maio para a Assembleia da República diz que “já falta pouco para o Verão e face aos acontecimentos a que assistimos durante os incêndios de agosto de 2024, com falhas no ataque inicial ao fogo, negligência, decisões políticas erradas e tardias, bem como a inexplicável recusa da ajuda do Estado, temo que pouco ou nada tenha mudado”.

Filipe Sousa recorda que no decurso dos 14 dias de combate ao fogo que se alastrou por quatro concelhos (Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Ponta do Sol e Santana) “surgiram verdades escondidas durante muito tempo por parte do Governo Regional” reveladoras da falta de “sentido institucional e orgulhosamente sós”, caraterística dos últimos governos regionais PSD/CDS.

O cabeça-de-lista do JPP à Assembleia da República menciona três exemplos que reputa de “omissões graves e inconcebíveis” numa Região que integra o espaço comunitário onde a cooperação é um dos pilares principais do seu funcionamento.

Filipe Sousa recorda o que desvendaram os incêndios de agosto de 2024: ficou-se a saber que a rede de comunicações de emergência do Estado conhecida por SIRESP – Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal – não tinha qualquer registo áudio das primeiras comunicações entre as corporações de bombeiros e o Serviço Regional da Madeira de Proteção Civil, informações relevantes para se saber o que havia falhado no ataque inicial ao incêndio.

Lembra que também foi público que a Região, em 2021, através do Conselho Diretivo do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, recusou fazer parte do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais 2020-2030.

E, por fim, “enquanto as populações procuravam salvar os seus animais e proteger as suas produções agrícolas das chamas, vivendo noite e dia em sobressalto, o Governo Regional PSD/CDS recusava a ajuda dos meios aéreos disponibilizados pelo Estado”, refere o JPP.

“Estas situações são reveladoras de uma profunda falta de responsabilidade de quem tem a obrigação constitucional de garantir a segurança e a proteção das populações até ao limite, e não brincar com a vida e os bens das pessoas”, refere Filipe Sousa.

O candidato do JPP desconfia que “nada foi feito de agosto para cá”, recorda que PSD e CDS prometeram mais um meio aéreo para que a Região possa elevar o seu grau de prontidão, segurança e defesa das populações, e questiona: “O que é que está acertado com o Governo da República, a coligação PSD/CDS, que é da mesma cor política do governo da Madeira, sobre o reforço dos meios aéreos, a fiabilidade na gravação das comunicações para que não se apaguem provas importantes e a integração da Região no Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais?”

Filipe Sousa considera que também seria importante a população da Madeira e Porto Santo ser esclarecida sobre “o trabalho ou as diligências efetuadas pelos deputados eleitos pela Madeira para solucionar todas as questões aqui referidas, ou no Verão que se apresta a chegar vamos chegar à conclusão que não houve respeito pelo sofrimento das pessoas nem pelo voto de confiança que receberam, e que nada mudou.”

O cabeça-de lista esclarece que quando escolheu para assinatura da sua candidatura “A voz das Ilhas por Portugal” é para “simbolizar”, precisamente, uma mudança profunda na forma superficial e frouxa como os partidos tradicionais têm abordado os problemas da Região que dependem de decisões da República”.

“No JPP vamos à raiz dos problemas para trabalhar e apresentar as melhores respostas”, garante. “Se a população eleger o JPP para a Assembleia da República a 18 de maio, este e demais assuntos de interesse para a Madeira e Porto Santo serão tratados como a máxima determinação, competência, diálogo institucional e seriedade.”

A candidatura do JPP defende “a troca recíproca de informação entre os governos nacional e regional, a gestão e assunção de custos partilhados com o Estado na defesa das populações, reforço dos meios de prevenção e combate às catástrofes naturais, assegurar formação e preparação de excelência dos bombeiros e forças de segurança, fortalecer a dignidade e a equiparação de categorias entre profissionais da proteção e segurança das populações por vida da atribuição de salários justos.”

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