A CDU assinalou o 25 de Abril com um almoço/comício no centro da cidade do Funchal, numa iniciativa marcada pela evocação dos valores da Revolução dos Cravos e por fortes críticas à direita política. Passados 51 anos sobre a Revolução de Abril, a coligação reafirmou a importância de manter viva a sua herança e destacou a urgência de enfrentar as forças conservadoras tanto na Região, como no País.
Durante as intervenções políticas, Edgar Silva, Coordenador Regional da CDU, acusou a direita de tentar ocultar as suas reais intenções e de seguir uma agenda alinhada com correntes reacionárias internacionais.
«A história recente tem mostrado uma direita cada vez mais assanhada, apostada em esconder as suas verdadeiras intenções». Adiantou ainda que essa direita «é a direita que quer Portugal submisso à agenda reacionária de Donald Trump. É a direita que tem amarrado o nosso País à submissão aos interesses das grandes potências, da União Europeia”, disse.
Para Edgar Silva, a CDU representa a “coragem que enfrenta a direita” e é “a força necessária aos trabalhadores e ao povo”. Sublinhou ainda a importância de continuar a defender as conquistas de Abril: “Com as conquistas, os valores, a força e a razão de Abril do nosso lado, temos por dever tomar a iniciativa, temos por dever continuar a luta por uma vida melhor”.
Herlanda Amado, cabeça de lista da CDU às próximas eleições legislativas, reforçou a atualidade dos ideais de Abril. “Cinquenta e um anos passados não foram os suficientes para destruir Abril, tal a dimensão e significado dessas conquistas, tal a envergadura da luta que trabalhadores, homens, mulheres e jovens, que erguem diariamente, contra os mais despudorados ataques à Constituição da República Portuguesa de Abril, promovidos pelos grandes interesses económicos e pelos Governos que lhes asseguram o privilégio e a impunidade em cada situação”.
Também a juventude marcou presença no comício, com Helena Correia a falar em nome da Juventude CDU. A jovem dirigente destacou as dificuldades enfrentadas pelos jovens madeirenses e reivindicou um futuro com mais oportunidades.