A deputada democrata-cristã, Sara Madalena, foi a segunda a subir ao palanque neste dia evocativo do 25 de Abril na Assembleia Legislativa Regional.
No seu discurso, referiu que o 25 de Abril não é “de ninguém”, é de todos.
“Cinquenta e um anos passaram desde o dia que mudou rumo do nosso país, um rumo que até ao 25 de novembro de 1975 deu uma guinada à esquerda, encontrando a sua estabilidade com o equilíbrio trazido com o assentar da poeira e o implantar de uma democracia no nosso país. Dito isto, o 25 de abril não é de ninguém, não é de esquerda, não é da direita, é de todos os portugueses e sobretudo daqueles que perderam a vida, a saúde, a mobilidade e que, ainda hoje, sofrem de stress pós-traumático duma guerra do Ultramar que, abruptamente, deixou portugueses às mãos de maus seres humanos”, recordou.
“O 25 de abril não foi, portanto, a revolução perfeita, como nada é, mas foi necessária e preponderante. A revolução sem mortes, sem tiros, com cravos. Bem, sem mortes, se esquecermos José Arruda, Fernando Reis, Fernando Giesteira, José Barneto, António Laje, Manuel Cândido e um agente da PSP cuja identidade se desconhece, atingidos por disparos da Direção Geral de Segurança, durante a tomada do Edifício da PIDE.
Não foi uma revolução sem mortes, que o digam as famílias dos supracitados que não deveriam ser, tão levianamente esquecidos”, alertou a deputada centrista.