25 Abril: IL considera que há valores de Abril por cumprir e pede mudança

O líder da IL disse que existe hoje “liberdade política, de expressão, de imprensa, religiosa”.

O presidente da IL considerou hoje que “parte do que Abril prometia, ainda está tão longe de se cumprir”, e defendeu que é necessária uma mudança nas próximas eleições para um “Portugal mais liberal”.

“Chegámos a meio século de democracia e afinal, parte do que Abril prometia, ainda está tão longe de se cumprir”, afirmou Rui Rocha na sessão solene do 25 de Abril na Assembleia da República, em que pediu “um Portugal mais liberal”.

O líder da IL disse que, 51 anos depois do 25 de Abril de 1974, existe hoje “liberdade política, de expressão, de imprensa, religiosa”.

“Avançámos muito nestes 50 anos. Mas também é verdade que ainda temos um longo caminho a percorrer”, referiu.

Rui Rocha elencou vários setores em que considerou haver atualmente problemas em Portugal, como a saúde, “onde há portugueses que podem escolher o seu médico” e outros que “não têm recursos para pagar do seu bolso a liberdade de escolher”.

Na habitação, prosseguiu, apesar de haver proclamações de que “é um bem essencial”, há “cada vez mais portugueses” a enfrentarem “a escassez criada por décadas de intervencionismo, burocracia, regulamentos infindáveis e carga fiscal injusta”.

O líder da IL criticou ainda que, na educação, seja a morada a determinar que escola pública podem frequentar os alunos e considerou que Portugal tem revelado “não ser para jovens”, com mais de 20% desempregados e muitos “com dificuldade em sair de casa dos pais”.

Rui Rocha disse ainda haver uma geração, a que chamou de “entalados”, que têm atualmente entre 36 e 67 anos e que têm suportado “todas as crises e sabem que continuarão a ser esmagados pelos impostos até à reforma que os penalizará ainda mais se nada for feito”.

Depois destas críticas, Rui Rocha defendeu que “a mudança é urgente e necessária” e, num reparo ao Governo da AD, considerou que essa mudança foi “novamente adiada na legislatura que agora termina pela falta de coragem para seguir o caminho das reformas e da modernização”.

“Essa mudança começa em 18 de maio. É a mudança para um Portugal mais liberal, mais moderno, mais próspero e com mais oportunidades”, disse, numa alusão à data das eleições legislativas antecipadas.

Num apelo implícito ao voto na IL nessas eleições, Rui Rocha sustentou que, para que Portugal “possa aspirar a subir a qualidade de vida dos seus cidadãos, é preciso, é urgente, é essencial reformar o Estado”, o que considerou só poder ser feito pelo seu partido.

“Só a IL tem a convicção de fazer o caminho urgente e indispensável da modernização do Estado”, referiu, considerando que é necessário um “Estado melhor, que exista para servir os cidadãos e não para se servir deles”.

“Precisamos de um Estado que seja capaz de olhar para si próprio e livrar-se do excesso de burocracia, que seja capaz de analisar e medir as consequências das regras que cria e que impõe às pessoas e às empresas. Nunca devemos esquecer-nos que a burocracia é mãe de todas as formas de corrupção”, disse.

Rui Rocha defendeu que o país precisa “de mais casas, de mais salário, de mais acesso à saúde, de mais representação, de mais maturidade política, de mais sentido de responsabilidade, de mais sentido de Estado”.

“Temos essa oportunidade em 18 de maio. Já perdemos demasiado tempo, mais ainda temos todo o futuro à nossa frente. Desta vez, é liberal. Desta vez, vamos acelerar Portugal”, concluiu.

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