O cabeça-de-lista do Juntos Pelo Povo (JPP) às eleições legislativas de 18 de maio criticou duramente o Governo Regional da Madeira, liderado pela coligação PSD/CDS, pela “enorme leviandade” com que comunicou à opinião pública a desistência de três projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor total de 58 milhões de euros.
Em causa estão o sistema elevatório do Seixal (25 M€), a Lagoa das Águas Mansas (15 M€) e a ampliação do edifício do CITMA (18 M€), projetos agora fora do PRR.
Para Filipe Sousa, esta decisão reflete “ineficácia e irresponsabilidade” por parte do executivo madeirense e representa um “sério risco” de a Região vir a ter de devolver uma verba “tão significativa para investimentos de grande interesse e valia”.
“São 58 milhões de euros que hoje permanecem congelados, vítimas da ganância política do PSD/CDS e de uma estratégia de vaidade partidária de centralização no governo dos recursos financeiros da União Europeia”, afirma o candidato.
“O mais grave é o desprezo pelas autarquias locais, muitas delas com projetos maduros, estudos de viabilidade aprovados e capacidade técnica para avançar imediatamente”, observa.
Filipe Sousa, que lidera há 12 anos a Câmara Municipal de Santa Cruz, lamenta a falta de cooperação entre o Governo Regional e os municípios, considerando que a articulação poderia ter evitado o impasse atual.