Corte de jacarandá em Câmara de Lobos não estava autorizado nem pela autarquia nem pelo IFCN

O corte de um jacarandá adulto, nas imediações da Quinta do Serrado, em Câmara de Lobos, denunciado ontem pela GENUS – Associação de Defesa do Património da Madeira, não estava devidamente licenciado e os trabalhos foram suspensos assim que a Câmara Municipal de Câmara de Lobos foi informada, esclareceu hoje a autarquia.

Em resposta a questões colocadas na quarta-feira pelo JM, a Câmara Municipal de Câmara de Lobos revelou, esta quinta-feira, que “não tinha conhecimento prévio de qualquer intervenção relativa ao abate do jacarandá”.

Após a denúncia, autarquia refere que “foi realizada uma primeira deslocação ao local, durante a manhã”, por parte do engenheiro do ambiente ao serviço da Câmara. “Nessa ocasião, foi emitido um alerta verbal no sentido da suspensão imediata de quaisquer trabalhos relacionados com o alegado abate da referida árvore.”

“Durante a tarde, os serviços de fiscalização municipais voltaram a deslocar-se ao local, com o objetivo de verificar o cumprimento dessa indicação. Foi possível confirmar que os trabalhos de ‘abate’ haviam sido suspensos”, adianta ainda a autarquia, que esclarece também que, contrariamente ao que tinha sido afirmado pela associação GENUS, a árvore não foi abatida, “tendo apenas sido sujeita a uma poda significativa”.

A resposta da Câmara Municipal de Câmara de Lobos ao Jornal refere que o proprietário do terreno foi questionado “sobre a eventual obtenção de autorização ou parecer por parte do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN)” e que o mesmo “alegou desconhecer as formalidades legais aplicáveis a este tipo de intervenção”.

Em conclusão, a autarquia acrescenta que a Polícia Florestal foi também acionada e esteve no local para registar a ocorrência e dar seguimento ao processo.

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