Zelensky insiste em cessar-fogo “imediato, completo e incondicional”

“Insistimos num cessar-fogo imediato, completo e incondicional”, disse Volodymyr Zelensky na plataforma Telegram, reiterando a posição transmitida na terça-feira de que as conversações de paz só podem começar após o anúncio de um cessar-fogo.

O Presidente ucraniano apelou hoje a um cessar-fogo “imediato, completo e incondicional” na Ucrânia, enquanto uma delegação de Kiev está em Londres para conversações com os aliados ocidentais, numa reunião entretanto redimensionada e reduzida a contactos técnicos.

“Insistimos num cessar-fogo imediato, completo e incondicional”, disse Volodymyr Zelensky na plataforma Telegram, reiterando a posição transmitida na terça-feira de que as conversações de paz só podem começar após o anúncio de um cessar-fogo.

“Preservar vidas deve ser uma prioridade máxima para todos os parceiros”, acrescentou o líder ucraniano.

Uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, dos Estados Unidos e de vários países europeus (Reino Unido, França e Alemanha) estava marcada para hoje em Londres, mas o ministério britânico anunciou esta manhã que tinha sido adiada depois de o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ter cancelado a presença.

As discussões em Londres foram redimensionadas e vão prosseguir, mas serão apenas entre assessores e à porta fechada.

Uma fonte do gabinete presidencial em Kiev adiantou à agência de notícias francesa AFP, sob anonimato, que a delegação ucraniana ainda se vai reunir hoje com o enviado da Casa Branca (presidência norte-americana) para a guerra na Ucrânia, Keith Kellogg, na capital britânica.

O líder da administração presidencial ucraniana, Andriy Yermak, que está em Londres com dois ministros, indicou anteriormente que as discussões do dia iriam focar-se em “formas de alcançar um cessar-fogo completo e incondicional”.

O encontro de hoje em Londres coincide com a publicação de várias notícias de que os Estados Unidos vão pressionar a Ucrânia para ceder território à Rússia como parte de um potencial acordo de paz.

Segundo o jornal Financial Times, o Presidente russo, Vladimir Putin, propôs ao enviado dos Estados Unidos Steve Witkoff, no início de abril, suspender a invasão e congelar a atual linha da frente em troca das suas principais exigências, como o reconhecimento da soberania da Rússia sobre a península da Crimeia, anexada em 2014, e a não adesão da Ucrânia à NATO.

“Muitas notícias falsas estão a ser publicadas neste momento”, reagiu o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias Ria Novosti.

Zelensky opôs-se à ideia de ceder território, afirmando: “Não há nada para falar – é a nossa terra, a terra do povo ucraniano”.

Steve Witkoff está a planear uma viagem a Moscovo esta semana, de acordo com a Casa Branca e o Kremlin, que não especificaram uma data.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

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