Legislativas: Chega propõe salário mínimo em 1150 euros até 2029

O presidente do Chega (CH), André Ventura, apresentou hoje o programa eleitoral do partido.

O Chega volta a propor aumentar o salário mínimo para 1.150 euros até 2029 e, “posteriormente”, equiparar as pensões mínimas a esse valor.

O programa eleitoral do Chega, com o mote “Salvar Portugal”, foi hoje apresentado pelo presidente do partido num hotel em Lisboa, perante deputados e dirigentes.

Uma das medidas passa por “aumentar o salário mínimo nacional para 1.000 euros até 2026 e 1150 euros até 2029 e criar um programa de apoio às empresas que demonstrem um peso de custos fixos operacionais superior a 30%, por forma que estas consigam fazer face ao aumento dos salários a pagar”.

Atualmente, o salário mínimo nacional está fixado em 870 euros.

No programa eleitoral para as eleições legislativas de 18 de maio, o Chega propõe também “assegurar o aumento da pensão mínima”.

“Numa primeira fase, deve igualar-se ao valor do IAS [Indexante dos Apoios Sociais] e, posteriormente, ao valor do SMN [salário mínimo nacional]”, lê-se no documento divulgado hoje, que não concretiza uma data.

Na apresentação do programa eleitoral, que durou mais de uma hora, o presidente do Chega considerou que “este é um desafio”.

“Não podemos continuar a ter a miséria que temos por esse país fora. Pobreza nos mais velhos gera pressão sobre os serviços de saúde, sobre os serviços de habitação, gera despovoamento, gera desertificação, gera destruição social”, sustentou.

André Ventura defendeu que isso será possível “com um cenário macroeconómico realista, com um crescimento económico realista, mas também com a reestruturação que é preciso fazer nos serviços, de forma realista”.

“Nós temos hoje um peso de despesa à volta do Estado, daquele Estado desnecessário e supérfluo, que é chocante mesmo para os padrões europeus. Em organismos que multiplicam competências, em observatórios, em fundações, em institutos, em nomeações políticas, nós temos hoje um cenário de despesa absoluta que temos que começar a cortar. Isto vai significar menos clientelismo político, mas vai significar também menos despesa”, sustentou.

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