A GENUS – Associação de Defesa do Património da Madeira denunciou hoje o abate de um jacarandá na Quinta do Serrado, em Câmara de Lobos, classificando esta ação como ilegal, alegadamente “sem qualquer autorização prévia” e “sem acompanhamento de fiscalização competente”.
“Na madrugada de hoje, foi perpetrado um ato de incúria ambiental e desrespeito flagrante pelas normas de ordenamento do território, com o abate de um jacarandá adulto em plena floração, situado na envolvente da Quinta do Serrado, no concelho de Câmara de Lobos. Esta árvore, que se encontrava dentro do raio de proteção da propriedade classificada e em plena zona de Reserva Agrícola Nacional (RAN), foi abatida sem qualquer autorização prévia, sem acompanhamento de fiscalização competente e ausente de qualquer presença policial”, pode ler-se numa nota enviada ao JM pela direção da GENUS.
Para a associação, “o sucedido reveste-se de particular gravidade não apenas pelo valor paisagístico e ecológico do jacarandá — árvore de reconhecido mérito ornamental e identitário — mas também pela total ausência de critérios técnicos ou de segurança na sua remoção”. “A operação foi levada a cabo com ferramentas manifestamente desajustadas ao trabalho arbóreo e sem qualquer tipo de equipamento de proteção individual, configurando um risco inadmissível para os envolvidos e para terceiros”, acusa a mesma fonte.
“Este abate, para além de ferir a legalidade, representa um atentado contra o património natural e cultural da freguesia, devendo ser alvo de uma investigação célere por parte das entidades competentes”, salienta a direção da GENUS, considerando que “impõe-se uma atuação firme para que ações desta natureza não se repitam e para que se salvaguarde o que resta da integridade paisagística da Quinta do Serrado”.
Entretanto, o JM já questionou por escrito a Câmara Municipal de Câmara de Lobos sobre esta denúncia.