JPP defende “abordagem humana” no acolhimento dos migrantes

A candidatura do Juntos Pelo Povo (JPP) à Assembleia da República entende que a Região e o País têm de fazer “uma abordagem humana” à vaga de migrantes que procuram trabalho e oportunidades de vida nas ilhas e no espaço continental.

No âmbito de uma ação de pré-campanha, o cabeça-de-lista do JPP diz que o tema dos migrantes está na agenda política dos partidos que se candidatam às eleições legislativas de 18 de maio porque “falhámos no acolhimento, na proteção e integração das pessoas que pedimos que viessem para cá trabalhar porque temos uma enorme necessidade de mão-de-obra nos vários setores da economia, desde a construção civil, restauração e serviços”.

O candidato Filipe Sousa diz que, nesta matéria, o JPP tem tido “uma postura coerente”, e recorda que apesar de ser um partido recente, com apenas dez anos, há muito que criou o Núcleo das Comunidades Estrangeiras, que tem desenvolvido trabalho de proximidade junto de algumas das comunidades migrantes, ajudando-os na sua integração.

Filipe Sousa diz que a Região e o País são agora destinos para milhares de migrantes, mas lembra que continuamos a ser uma nação de emigrantes. “Se queremos ser bem acolhidos, também temos que saber acolher”, sintetiza.

O cabeça-de-lista do JPP não tem dúvidas de que “a diversidade cultural torna as regiões e os países mais ricos e dinâmicos” porque, acrescenta, “as pessoas que nos procuram trazem com ela uma grande vontade de trabalhar e vencer na vida, dando contributos importantes para o desenvolvimento económico, social e cultural”.

Filipe Sousa compromete-se a trabalhar na Assembleia da República para fortalecer o contributo das comunidades estrangeiras que trabalham na Madeira, ajudar na sua integração plena na sociedade madeirense, contribuir para a interação cultural dos migrantes com a comunidade insular e, ao mesmo tempo, dar continuidade ao trabalho já realizado pelo Núcleo das Comunidades Estrangeiras do JPP junto da diáspora madeirense, de levantamento dos problemas que afetam as comunidades e preparar, em articulação com o partido, iniciativas legislativas.

Dados oficiais da Direção Regional de Estatística, publicados em setembro de 2024, indicam que a população estrangeira residente na Madeira totalizava 14 060 pessoas em dezembro de 2023, representando 5,5% do total da população (256 622).

Os nacionais da Venezuela (15,5%), Reino Unido (10,3%), Brasil (10,3%), Alemanha (10,0%) e Itália (5,2%) continuam a se constituir como as principais comunidades estrangeiras na Região.

Igualmente relevante é o crescimento da comunidade muçulmana, com particular origem no Bangladesh. Uma reportagem recente da RTP Madeira, emitida em dezembro de 2024, estimava em 2000 os cidadãos muçulmanos a residir na Região.

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