Os apartamentos do Papa Francisco, tanto aquele em que residia, na Casa Santa Marta, como o do Palácio Apostólico, que não utilizava, foram hoje selados após a sua morte, como manda a tradição.
O rito de selagem é efetuado para garantir a segurança de todos os documentos e pertences do Papa falecido após a sua morte.
Esta tarde, as portas do apartamento do Palácio Apostólico, que Francisco não utilizava desde a sua eleição, em 2013, foram seladas com uma fita vermelha e lacre da mesma cor, uma vez que decidiu viver em outra residência, a Casa Santa Marta.
À selagem assistiram o cardeal norte-americano Kevin Joseph Farrell – o camerlengo que deverá dirigir a administração da Igreja Católica durante este período de “sede vacante” -, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, e o arcebispo venezuelano Edgar Peña Parra, responsável pelos Assuntos Gerais da Secretaria de Estado da Santa Sé.
Depois, procedeu-se à selagem da Casa Santa Marta, com o mesmo objetivo.
Hoje, foi igualmente levado a cabo o ritual da constatação da morte, na sua residência, e logo o seu corpo foi colocado no féretro para ser velado na capela do edifício, tal como dispôs em vida o Papa argentino, que simplificou o protocolo.
Também o anel do Pescador e os selos papais serão cancelados, para que ninguém possa assinar documentos em seu nome após a sua morte.
Espera-se que o caixão de Francisco, o primeiro Papa latino-americano, seja na quarta-feira levado para a Basílica de São Pedro, no Vaticano, para ser visto pelos fiéis, e que o funeral se realize entre sexta-feira e domingo, segundo a legislação em vigor do Vaticano.