O JPP terá de pagar à Secretaria Geral da Assembleia Legislativa Regional da Madeira (ALRAM) cerca de 2.498,70€ pelo acesso legal aos documentos comprovativos das despesas efetuadas por José Manuel Rodrigues, que também é líder do CDS, durante o tempo em que exerceu a presidência do Parlamento, entre 2019 e 2025, denunciou, hoje, o partido.
“Um valor nunca antes cobrado por um conjunto de documentação vasta, e que podia pura e simplesmente ter sido fornecida digitalmente”, reagiu o secretário-geral do JPP, acrescentando que “este exemplo serve para mostrar aos cidadãos que o acesso às provas dos gastos e do ‘despesismo de sangue azul’ tem as suas resistências e os seus custos, cujo processo já se arrasta há um ano.”
Recorde-se que os documentos solicitados, em abril de 2024, incluem os extratos mensais do cartão de crédito e débito utilizado pelo presidente da ALRAM, faturas de aquisição de bens e serviços, ajudas de custo, deslocações, estadias, despesas de representação, nomeadamente as realizadas na viagem ao Brasil, em junho de 2023.
Élvio Sousa aponta aos “críticos gratuitos dos ‘papelinhos’”. “O JPP, ao invés de outras forças político-partidárias a reboque das manchetes, continuará a aceder complementarmente, pela via legal como tem feito, aos documentos originais, a fim de esclarecer a população sobre os atos da governação, e a apresentar informação reservada sem qualquer triagem”, sublinhou.
“O tempo e a resistência em facultar esse conjunto de documentação das despesas de José Manuel Rodrigues mostra que não houve vontade em fornecer, e pelo valor a desembolsar devem valer ouro”, julga, por fim, o líder da oposião.