Tempos houve em que o setor da moda passava completamente ao lado da Madeira. Hoje, graças à abertura de mentalidades, observada por estilistas da Região, é uma área acarinhada pelo público madeirense que se revela, cada vez mais, despido de conservadorismo.
Tenhamos como exemplo Fátima Lopes que, há mais de três décadas, rumou a Lisboa e posteriormente a Paris, para seguir um sonho que jamais conseguiria alcançar na terra onde nasceu. “Naquela altura, a Região não dava nenhuma hipótese para os criadores terem uma profissão como aquela que eu ambicionava. Eu ‘queria o mundo’ e há 30 anos a Madeira era completamente isolada do mundo da moda”, relata a estilista de renome.
Felizmente, para os profissionais do setor, “hoje há uma realidade completamente diferente em que alguém que tenha muito talento e vontade consegue fazer magia”, observa Fátima Lopes, em declarações ao JM.
Se por um lado Fátima Lopes lançou a sua marca fora da terra natal, João Pedro arrancou na Madeira mas quer alargar horizontes até porque, aqui, apesar da evolução, ainda há muito a fazer.
O estilista madeirense dá conta ao JM que está a tentar expandir o seu trabalho. “Vou fazer o meu próximo lançamento no dia 25 de abril no Porto porque a Madeira é uma ilha muito bonita e etc… mas a falta de oportunidades ainda existe e é algo sobre o qual temos de lutar para que tal facto se inverta”, reforça.
“Vivemos numa ilha em que muitas áreas evoluíram, como é o caso da moda, mas ainda não é o suficiente para que consigamos evoluir mais, e agora, que já consegui uma bagagem boa aqui, vou ver como corre no Porto, mas acho que vai ser um sucesso”, afirma, demonstrando-se, deveras, confiante.
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