O presidente do Chega criticou hoje o Protocolo de Cooperação para a Migração Laboral Regulada, assinado entre Governo e confederações patronais, considerando que vai permitir “mais imigração desnecessária e clandestina”, além de “máfias” e contratos de trabalho fictícios.
“O plano do Governo vai-nos trazer mais imigração desnecessária e clandestina, vai-nos trazer mais máfias que vão controlar essa imigração e fazer contratos fictícios, e vamos ter mais juntas de freguesia, como as que temos em Lisboa e no Porto, em que 30, 40, 50 e 60 pessoas vivem na mesma fração”, defendeu.
André Ventura intervinha numa iniciativa partidária, na Assembleia da República, desinada a responder a perguntas colocadas por jovens. Contudo, apenas a intervenção inicial, de cerca de 30 minutos, foi aberta à comunicação social.
“Não é preciso andar aqui em Lisboa, basta ir a qualquer parte do país e nós vemos a verdadeira invasão que está a acontecer, sem controlo, sem regras, sem nenhum suporte, e o que é que o Governo do PSD quer fazer? Facilitar e criar uma via verde para a imigração”, afirmou.
O presidente do Chega aproveitou a ocasião para criticar o Protocolo de Cooperação para a Migração Laboral Regulada hoje assinado, que segundo o primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai permitir regras “mais ágeis, mas também mais humanistas”.
Segundo o protocolo, a que a Lusa teve acesso, a atribuição de vistos “deverá ocorrer no prazo de 20 dias a partir do dia do atendimento do requerente no posto consular” e desde que cumpridos os requisitos legais previstos, nomeadamente a existência de um contrato de trabalho, seguro de saúde e de viagem, entre outros.
André Ventura defendeu que Portugal não precisa “de um Governo frouxo em matéria de imigração”, mas sim de “um Governo duro e firme em matéria de imigração, capaz de controlar a imigração”, e lembrou que o partido defende a definição de quotas para a entrada de estrangeiros no país.