Estabilidade e responsabilidade

Já muito se disse e escreveu, mas é incontornável não abordar o resultado das eleições do passado dia 23 de março, que vieram pôr fim a um período incomum de instabilidade política, como nunca se tinha vivido na Região em Democracia.

O povo pronunciou-se e pediu estabilidade para os próximos quatro anos. E fê-lo de forma expressiva e cristalina, penalizando os partidos políticos que provocaram a crise.

Sem sombra de dúvida, merece destaque a vitória esmagadora do PSD, à beira da maioria absoluta, que recebeu um voto de confiança incontestável dos Madeirenses, num reconhecimento inequívoco pelo trabalho levado a cabo em prol do desenvolvimento da Região. Uma das principais lições que se pode tirar destas eleições é que a população está satisfeita com os resultados da governação e que confia em absoluto no PSD para continuar esse rumo de desenvolvimento.

Mas esta vitória, de tão clara que foi, traz consigo um acréscimo de responsabilidade. Com humildade, trabalho e dedicação estou certo que será possível retribuir a confiança depositada pela população, materializada na contínua melhoria do nível de vida, em convergência com a Europa, e no reforço da nossa Autonomia, política e financeira.

Do lado da oposição, mais do que a subida do JPP, que merece ser reconhecida, sobressai o descalabro do PS-Madeira, que no espaço de menos de seis anos conseguiu o “feito” de passar a sua representatividade de 19 para 8 deputados.

Depois de prometer tudo e mais alguma coisa – baixar os principais impostos, isentar propinas, valorizar a carreira docente, garantir creches gratuitas para todas as crianças, reforçar as obras públicas, incluindo a possibilidade de construir um metro para o Caniço, … –, nem assim o PS conseguiu evitar esta pesada derrota. E porquê? Por notória falta de credibilidade do seu líder e do seu projeto. E aqui surge uma outra grande lição – por mais tentadoras que sejam as promessas, e as do PS eram, é fundamental que as mesmas sejam feitas por um líder confiável aos olhos da população. O que claramente não foi o caso.

Um justo agradecimento

Tive o grato prazer de trabalhar com o Eng.º Pedro Fino durante cerca de um ano, e pude testemunhar aquilo que já ouvira da boca de muita gente – uma pessoa íntegra, competente, com caráter e defensor do superior interesse público. Um dos mais competentes membros do Governo. Daquele tipo de pessoas que faz falta na política. O tempo encarregar-se-á de lhe fazer justiça. Obrigado pelo que fez pela Madeira.

Uma palavra de apreço também pelo trabalho levado a cabo pelo Dr. Rogério Gouveia nas Finanças, uma pasta quase sempre ingrata. Provou que excedente orçamental é compatível com desenvolvimento económico e com devolução de rendimentos às famílias. Deixa as finanças públicas em melhor situação do que aquela que recebeu. Por tudo isso merece todo o meu apreço e respeito.

O mundo a “arder” e Portugal em campanha

Lá fora, Trump continua a virar o mundo do avesso. Não se contentando em destratar os seus vizinhos, ameaçando mesmo a sua soberania, está tentado a tomar a Gronelândia e obcecado em provocar a Europa, mostrando desprezo pelo Velho Continente como nunca de viu num Presidente americano.

Entre telefonemas ao aliado Putin, “bullying” a Zelensky e a promoção de Teslas do seu amigo Elon Musk na Casa Branca, vai decretando tarifas atrás de tarifas, que terão impacto negativo em todo o mundo, como já se começa a ver. E enquanto isso, por cá vamo-nos distraindo com mais umas eleições. Era mesmo o que nos faltava.

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