Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Telavive para exigir que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, chegue a um acordo com o Hamas para a libertação dos reféns que ainda estão na Faixa de Gaza.
Este tipo de manifestação já é habitual desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques do grupo palestiniano de 07 de outubro de 2023 em solo israelita, em que os islamitas mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de duas centenas.
Na manifestação, que contou com a presença de reféns libertados, como Omer Wenkert e Eitan Horn, podia ler-se em faixas exibidas pelos manifestantes, mensagens como “O preço da vossa guerra são as vidas dos reféns”.
“Fui mantido refém durante 498 dias pelo Hamas [grupo islamita palestino], nos túneis, sem água, sem ver o sol e sem poder respirar ar fresco. Agora, voltámos aos combates, o que põe em perigo a vida dos que ficaram”, afirmou Horn no dicurso que fez.
Embora o protesto de hoje em Telavive seja o mais simbólico, nos últimos dias, e especialmente desde que Israel retomou os bombardeamentos na Faixa de Gaza, foram convocadas várias manifestações em Jerusalém e noutros locais do país.
A raiva e a preocupação das famílias dos reféns aumentaram à medida que as bombas voltaram a cair sobre o enclave palestiniano, onde a retaliação israelita já fez mais de 50 mil mortos, segundo o Hamas.
O Hamas disse hoje estar “disposto a libertar um pequeno número de reféns”, desde que o Governo de Netanyahu garanta um cessar-fogo durante o feriado de Eid al-Fitr, que começa este domingo e marca o fim do Ramadão, o mês sagrado do Islão, confirmou à EFE uma fonte egípcia próxima das negociações.
Pouco depois, o gabinete de Netanyahu confirmou que tinha apresentado uma contraproposta “aos mediadores e em plena coordenação com os Estados Unidos” para a libertação dos reféns, sem dar mais pormenores.
Ainda há 59 reféns em Gaza – Israel estima que cerca de vinte estão mortos – nas mãos das milícias palestinianas e cuja libertação tinha sido contemplada na segunda fase do acordo de cessar-fogo, que Israel bloqueou no início de março.