Federação pela Vida quer apoio às grávidas independentemente da origem e papéis

Cidadãos protestam durante a Caminhada pela Vida 2025, em defesa da vida desde o momento da conceção até à morte natural, na Praça Luís de Camões, em Lisboa.

A Federação Portuguesa pela Vida defendeu hoje o apoio às grávidas, independentemente do país de origem e da legalidade da sua situação, e medidas para que possam criar os seus filhos de uma forma condigna.

A posição foi avançada à agência Lusa por José Maria Seabra Duque, coordenador geral da Caminhada pela Vida, uma iniciativa da Federação pela Vida que hoje juntou centenas de pessoas em 12 cidades portuguesas.

O jurista reagia a notícias recentes que dão conta de um aumento de casos de bebés retidos nas maternidades da região de Lisboa, por razões sociais, como a falta de habitação.

A situação “não é nova” para a Federação Portuguesa pela Vida, cujas associadas têm apoiado muitas mulheres imigrantes, principalmente provenientes de países lusófonos e que agora também têm outras nacionalidades.

“As nossas associadas recebem todas as mulheres de portas abertas. Uma mulher grávida é uma mulher grávida, venha de que país vier, tenha os papéis que tiver. Uma mulher grávida está à espera de um filho e precisa de receber amor e carinho e apoio, e também medidas políticas que permitam ter aquelas crianças em condições”, afirmou.

José Maria Seabra Duque referiu que a federação não entra no debate sobre política migratória, mas assegurou: “Para nós é muito simples, as mulheres que estão cá e estão à espera de bebé ou têm os seus bebés têm de ser apoiadas”.

Em ano de eleições legislativas, a organização considera que é “especialmente importante” exigir “políticas de defesa da vida”.

“Mais do que dizer que somos contra – somos contra o aborto, a eutanásia – queremos medidas concretas às grávidas em dificuldade, de apoio à famílias, de apoio aos doentes”, afirmou.

E acrescentou: “Não é possível ter um país onde uma jovem de 18 anos que está à espera de ter um bebé e quer ter o seu filho não tem qualquer tipo de apoio; não é possível ter um país onde 65% dos doentes que precisam de apoios paliativos não os têm”.

A Caminhada pela Vida em Lisboa, que começou na Praça Luís de Camões, juntou centenas de participantes num percurso até São Bento, cantando palavras de ordem “pela vida”.

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *