Médio Oriente: Presidente israelita surpreendido por reféns não serem prioridade

Presidente de Israel questiona prioridades do governo do país.

O Presidente de Israel manifestou-se hoje surpreendido por a situação dos reféns ainda detidos em Gaza, depois do ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas, “ter deixado de ser a principal prioridade” do país.

“Estou bastante surpreendido que, de repente, a questão dos reféns não esteja no topo da lista de prioridades e não esteja no topo das notícias – como é que isso é possível?”, perguntou Isaac Herzog, durante uma conferência, como mostra um vídeo publicado na conta da rede social X (antigo Twitter).

Herzog afirmou o empenho “enquanto nação e enquanto sistema, em não perder de vista a questão do regresso dos sequestrados”.

“É um esforço nacional enorme”, acrescentou Herzog, antes de afirmar que “não há desafio mais profundamente enraizado na consciência nacional do que o regresso a casa” dos reféns.

As declarações ocorrem quando se registam manifestações contra o Governo israelita devido à reativação no passado dia 18 da ofensiva em Gaza, levando críticos e familiares dos sequestrados a avisar que os ataques colocam em perigo a vida dos reféns e impedem a libertação.

A 18 de março, o Governo israelita exigiu que o exército tomasse “medidas fortes” contra os islamitas palestinianos do Hamas, depois de acusar o grupo de “rejeitar todas as ofertas” dos mediadores e antes de alegados preparativos para lançar ataques.

O Hamas negou esses planos e afirmou concordar com o acordo apresentado por Washington.

Os islamistas têm insistido em manter os termos originais do acordo de tréguas de meados de janeiro, que devia ter entrado na segunda fase há semanas.

O acordo incluía a retirada dos militares israelitas de Gaza e um cessar-fogo definitivo em troca da libertação dos restantes reféns ainda vivos, mas Israel recuou e insistiu na necessidade de eliminar o grupo, recusando-se a iniciar contactos para esta segunda fase.

O ataque de outubro que causou 1.200 mortos e cerca de 250 reféns, segundo Telavive, esteve na origem da resposta israelita a Gaza. De acordo com as autoridades palestinianas, mais de 48 mil pessoas morreram em cerca de 15 meses.

Desde a reativação da ofensiva, a 18 de março, as autoridades palestinianas registaram 792 mortos.

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