O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) acredita num entendimento entre PSD e CDS-PP para formar uma maioria absoluta na Madeira, o que será “positivo”, para não se continuar “a brincar às eleições”.
Miguel Pita, candidato do ADN que queria ser eleito para “fazer o que ainda não foi feito”, não foi além dos 691 votos (0,48%) nas eleições legislativas regionais antecipadas que se realizaram no domingo.
“O ADN esperava mais, esperava eleger”, reconheceu, em declarações telefónicas à Lusa.
Mas o eleitorado madeirense escolheu “dar as mesmas cartas à mesa, ficou tudo igual”, lamentou, concluindo que foram “eleições completamente desnecessárias”.
O PSD venceu as eleições na Madeira, com 43,43% do total dos votos, mas ficou a um deputado da maioria absoluta.
O CDS-PP, que fez acordos parlamentares com o PSD no passado, conseguiu eleger um representante.
Por isso, Miguel Pita acredita na formação de uma maioria absoluta PSD/CDS-PP, o que seria “positivo” para não se andar “de seis em seis meses ou ano a ano a ter eleições”.
Ainda que esse acordo possa não ser “a melhor solução” para a Madeira, pelo menos garantirá “quatro anos de estabilidade e que se deixe de brincar aos jogos políticos”, realçou.
Miguel Pita apelou ainda a “mais responsabilidade na Assembleia [Legislativa da Madeira], olhar para os interesses do povo e não tanto para os interesses político-partidários”.
Gerente hoteleiro de profissão, Miguel Pita foi candidato pelo Chega a uma junta de freguesia em 2020 e nas legislativas nacionais de 2022.
Em 2023, tornou-se militante do ADN e encabeçou a lista do partido na estreia em legislativas madeirenses, naquela que foi a candidatura menos votada, com 617 votos (0,47%).
Nas antecipadas de 26 maio de 2024 subiu um pouco a votação, conquistando 772 votos (0,58%), mas, neste domingo, voltou a baixar, ainda que tenha colocado o ADN à frente do PPM e da Nova Direita.