O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, disse hoje caber “aos protagonistas” que venceram as legislativas regionais na Madeira sem maioria absoluta decidir o seu futuro, garantindo, todavia, que o CDS assegurará “estabilidade”.
“Nós falamos num contexto que é de autonomia e cabe obviamente àqueles que são os protagonistas na Madeira decidir o seu futuro. Sabemos, neste momento, que o Partido Social-Democrata não tem uma maioria absoluta. O deputado eleito do CDS assegurará essa estabilidade. De todo o modo caberá ao CDS/Madeira e, obviamente, ao PSD decidirem aquilo que há de ser o futuro na região”, declarou Nuno Melo, na sede do CDS-PP de Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), numa reação aos resultados.
O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta, de acordo com os dados oficiais provisórios, com todas as freguesias apuradas.
Os democratas-cristãos – que já governaram com o PSD e na legislatura agora a terminar tiveram um entendimento parlamentar com os socialistas, insuficiente para a maioria absoluta – elegeram um deputado, pelo que poderão permitir chegar aos 24 assentos necessários para garantir um executivo maioritário.
Nuno Melo iniciou o seu discurso a deixar uma “palavra muito especial de apreço e de gratidão ao CDS/Madeira e à equipa chefiada pelo José Manuel Rodrigues” (líder regional e cabeça de lista do partido, também presidente do parlamento do arquipélago) e parabenizou o PSD de Miguel Albuquerque.
“Gostava de sublinhar que estas eleições aconteceram num contexto muito difícil. Os madeirenses mostraram que querem estabilidade política. Penalizaram quem trouxe a crise [política] à Região Autónoma da Madeira e o CDS, apesar deste contexto dificílimo, manteve a sua representação parlamentar”, afirmou.
Nuno Melo afirmou que o CDS é um “partido que vale por si, como vale em coligação”.
“Foi um partido, nas últimas legislaturas na Madeira, que foi sempre um fator de estabilidade naquilo que tinha de ver com a governação, a pensar no interesse dos madeirenses e dos porto-santenses, e agora caberá também ao CDS fazer a reflexão que obviamente fará em relação ao futuro político”, sublinhou.