O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) congratulou-se hoje por o quartel da Companhia de Sapadores Bombeiros de Faro ter voltado a ter água quente, situação para a qual alertara, classificando-a como “inaceitável”.
A estrutura sindical sublinhou em comunicado que os bombeiros estavam sem água quente no quartel “desde dezembro passado” e a situação era “completamente inaceitável, considerando o trabalho de risco e as condições exigentes a que estão sujeitos diariamente”.
“O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) informa que, após várias denúncias feitas por este sindicato e uma queixa formal à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), a Câmara Municipal de Faro finalmente tomou as medidas necessárias para resolver a grave situação que afetava os Bombeiros Sapadores de Faro”, referiu a estrutura sindical.
A reposição do acesso a água quente no quartel dos bombeiros de Faro acontece depois de, em 12 de março, a ACT se ter deslocado às instalações, “reforçando a gravidade da situação que se manteve sem resolução durante meses”, segundo o sindicato.
“É inadmissível que estes profissionais, que dedicam as suas vidas para a proteção e segurança da população, tenham de trabalhar em condições tão precárias, sem acesso a um direito básico e essencial”, defendeu o SNBP, considerando que a sua atuação “foi fundamental” para resolver esta “falha grave”.
Em 07 de março, na sequência das denúncias do sindicato e após uma ameaça de greve caso a situação não fosse resolvida, a Câmara de Faro assegurou que a água quente no quartel iria ser reposta em breve.
“Na sequência de uma avaria grave no equipamento de águas sanitárias do quartel da Companhia de Sapadores Bombeiros de Faro, no decorrer do mês de dezembro, o município de Faro avançou para a substituição daqueles equipamentos, o que ocorrerá a partir da próxima segunda-feira, 10 de março, dia em que será assinado o contrato para execução da instalação de quatro novos ‘kits’ solares para aquecimento de águas”, explicou então a autarquia.
A Câmara algarvia esclareceu na ocasião que, sem capacidade de reparação do sistema avariado, foi necessário desencadear um procedimento para aquisição dos novos equipamentos e, apesar de isso ter sido feito “imediatamente após a avaria”, há prazos legais aplicáveis à contratação pública que têm de ser cumpridos.
A Câmara de Faro frisou que, durante esse período “transitório”, foram disponibilizados de “forma provisória” os balneários de um complexo desportivo municipal situado a 600 metros do quartel para os banhos dos elementos da companhia, podendo estes fazer uso das viaturas dos sapadores para as deslocações entre os dois locais.
O sindicato tinha considerado “inadmissível que, em pleno século XXI”, os Bombeiros Sapadores de Faro tivessem de se deslocar para um balneário público, enquanto os recursos mínimos não estavam assegurados nas suas instalações.
Relativamente às condições do quartel, que também já tinham sido criticadas pelo sindicato, a autarquia adiantou na mesma ocasião que estão em curso as obras de edificação da Central Municipal de Operações de Socorro (CMOS) e elas provocam “alguns constrangimentos naturais no edifício”.
“Tudo indica que esta intervenção deverá estar terminada num prazo de cerca de 30 dias”, estimou o município.