O secretário regional de Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Fino, esteve hoje presente na abertura da 80ª Assembleia Geral da European Council of Civil Engineers (ECCE), que decorreu na reitoria da Universidade da Madeira.
Este evento, que conta com o apoio da Seção da Madeira da Ordem dos Engenheiros, tem como principal objetivo refletir sobre o trabalho e as atividades anteriormente realizadas pelo ECCE e perspetivar o futuro da engenharia civil na Europa, fomentando o diálogo e a troca de conhecimentos entre profissionais de renome internacional
Pedro Fino abordou congratulou-se pelo facto de os engenheiros terem escolhido a Madeira para este encontro. “A Madeira é um exemplo no que diz respeito ao trabalho da Engenharia, as circunstâncias físicas e geográficas da nossa Região desafiaram e desafiam a Engenharia na resolução dos problemas que as particularidades do território nos colocam, bem como na busca incessante de soluções técnicas que nos assegurem um desenvolvimento sustentável e uma contínua melhoria das condições de vida da nossa população”, salientou.
“A arte e o engenho para ultrapassar os condicionalismos físicos e geográficos da nossa Região, nos mais diversos domínios da nossa vida, diz muito sobre a nossa identidade enquanto ilhéus”, continuou, salientando que “soubemos ser sempre muito mais do que uma ilha, no sentido em que conseguimos ultrapassar o condicionalismo geográfico e a nossa condição insular”. “Fomos destino, mas fomos também ponte, entreposto, porta aberta para o mundo, ponto de confluência de novos horizontes, novas geografias e novos desafios”, vincou.
O governante explicou que, com a conquista da autonomia política e administrativa e a adesão de Portugal à União Europeia, assistiu-se, na Região, a um desenvolvimento a todos os títulos notável, fruto da visão estratégica, do mérito político, da estabilidade, da capacidade de execução. “Com o aproveitamento dos fundos estruturais, disponibilizados pela União Europeia, para se desenvolver, atingiu um patamar de excelência, tanto na qualidade dos equipamentos públicos e privados, como do ponto de vista infraestrutural”, disse, frisando que “nunca é demais sublinhar o papel determinante da Engenharia nesse processo acelerado de transformações que genericamente designamos por desenvolvimento económico e social da nossa Região”.
Pedro Fino esclareceu ainda que, olhando para o presente e futuro da Engenharia na Região, e, no que concerne aos investimentos públicos, os desafios serão vários, desde logo com a construção do Hospital Central e Universitário da Madeira, a maior obra de edifícios que decorre a nível nacional.
“Outro desafio que será sempre premente na nossa Região é o de encontrar as soluções técnicas adequadas no sentido de minimizar os riscos naturais a que estamos permanentemente sujeitos, nomeadamente, as aluviões, os incêndios e os galgamentos costeiros”, lembrou, defendendo que “o fenómeno das alterações climáticas e a recorrência de fenómenos meteorológicos extremos, bem como as circunstâncias físicas da nossa ilha, impõem a adoção de medidas preventivas que garantam a proteção e segurança da população”.
“Mas não podemos também esquecer, por sermos uma região insular, ferida, portanto, também de insularidade energética, os investimentos que têm vindo a realizar na área das energias renováveis, posto que serão preponderantes no processo de dotar de sustentabilidade a nossa Região”, alertou, rematando que, para superar todos estes desafios, “precisamos naturalmente da Engenharia Civil e de técnicos devidamente habilitados”.