IL homenageia “os que lutam pela liberdade de expressão”

Gonçalo Maia Camelo alerta para o risco de não ser sequer possível formar governo

A candidatura da Iniciativa Liberal (IL) às eleições de domingo na Madeira realizou hoje uma “visita simbólica” a uma exposição do cartoonista José Vilhena, em Câmara de Lobos, numa homenagem aos que lutam na região pela liberdade de expressão.

Segundo o cabeça de lista da IL, Gonçalo Camelo, a ação de campanha eleitoral de hoje foi “uma visita a uma exposição do cartoonista Vilhena, que no fundo é um símbolo pela luta pela liberdade de expressão e pela liberdade política”.

O candidato salientou que este é “um tema que é muito caro à Iniciativa Liberal e em particular na Madeira”.

“Esta visita, esta ação, acaba por não ser só uma homenagem ao cartoonista Vilhena, mas também um incentivo e uma homenagem aqueles que lutam diariamente pela liberdade de expressão, nomeadamente aqui na Madeira, onde por vezes temos um clima onde não é fácil as pessoas manifestarem as suas convicções e opções políticas”, disse.

Gonçalo Camelo considerou que esta visita à exposição na Galeria Lourdes, em Câmara de Lobos, “acaba por ser no fundo uma visita simbólica, quase no encerramento desta campanha eleitoral”, e tem por base um tema que é “a liberdade de expressão e a liberdade individual dos cidadãos”.

“Uma das medidas fundamentais [de] que a Madeira precisa, um dos avanços [de] que a Madeira precisa é mais liberdade económica, mais liberdade política, mais liberdade individual, isto insere-se nas linhas programáticas essenciais do nosso programa”, declarou.

O candidato fez um “balanço positivo” da campanha eleitoral da IL, apontando que “foi produtiva, em linha com as s previsões e orientações” do partido.

“Continuamos firmes na nossa intenção e convicção [de] que o voto na IL é um voto de estabilidade e de responsabilidade, e que, portanto, há todas e mais algumas razões para votar na IL”, referiu.

Gonçalo Camelo adiantou estar “confiante” [de] que a IL vai continuar a estar representada na Assembleia Legislativa da Madeira, argumentando que “não haveria razões para que isso não aconteça”, porque o partido “tem feito um trabalho meritório, quer a nível regional, quer a nível nacional”.

“A IL deu ainda muito recentemente um grande exemplo de responsabilidade ao tentar evitar que o país fosse novamente para eleições legislativas e, portanto, é essa a nossa linha, a nossa marca”, reforçou.

O candidato adiantou que o objetivo é que “também os madeirenses percebam que a IL é um garante de estabilidade”, porque “confiar a estabilidade da Madeira ao mesmo governo [regional] que (…) tem governado até hoje e ao Chega não vai de certeza resolver a questão”.

“Provavelmente, se isso acontecer, a Madeira irá a eleições daqui a um ano, correndo o risco de nem sequer conseguir formar um governo”, realçou.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

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