BE quer regressar ao parlamento para apresentar medidas de rotura

O cabeça de lista do BE às eleições de domingo na Madeira, Roberto Almada, disse hoje que o partido faz falta no parlamento regional porque as outras forças são incapazes de apresentar medidas de rotura, nomeadamente no setor da habitação.

“É impossível hoje em dia uma pessoa que viva do seu salário, do seu modesto salário, comprar uma habitação, ou arrendar uma habitação no Funchal, ou em outra parte da Região Autónoma da Madeira”, alertou, indicando que o preço por metro quadrado aumentou cerca de 300 euros nos últimos dez meses.

O candidato falava aos jornalistas no âmbito de uma ação de campanha, no centro do Funchal, dedicada à temática da habitação, na qual participou a coordenadora do BE, Mariana Mortágua.

A líder bloquista colocou um autocolante num cartaz com o preço atualizado por metro quadrado no Funchal, sendo que, de acordo com o partido, comprar casa na capital madeirense custa agora 3.528 euros por metro quadrado.

“Nós temos rendas nos valores de 1.200, 1.300, 1.500 euros por um T2, nós temos habitações muito acima dos 250.000, 300.000 euros por um T2 também e isso não é comportável para quem vive do seu magro salário”, avisou o cabeça de lista do Bloco de Esquerda.

Roberto Almada disse, por outro lado, não haver partidos no parlamento regional com “propostas alternativas” para baixar o preço das casas, quer ao nível das rendas, quer da compra, vincando que, desse ponto de vista, “o Bloco de Esquerda faz falta”.

O partido perdeu o único deputado que tinha nas legislativas regionais antecipadas de 26 de maio de 2024, mas está confiante na eleição no próximo domingo.

O candidato bloquista defendeu que o futuro executivo regional, independentemente da orientação política, “tem que ter a coragem de colocar medidas que sejam de rotura e que baixem o preço das casas na região”.

Entre as propostas do Bloco de Esquerda, Roberto Almada apontou para a necessidade de impor tetos máximos nas rendas, decretar que 25% dos apartamentos em novos empreendimentos sejam dedicados à venda a preços acessíveis, limitar as licenças para alojamento local e extinguir os ‘vistos gold’ na região para evitar os especuladores imobiliários.

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