ADN defende prevenção de incêndios e critica gestão do Governo Regional

O cabeça de lista do ADN às eleições antecipadas na Madeira, Miguel Pita, alertou hoje para a necessidade de apostar na prevenção dos incêndios, acusando o Governo Regional (PSD) de incompetência.

Miguel Pita destacou que, nesta segunda semana de campanha eleitoral, o partido tem encontros marcados com a Proteção Civil e com os bombeiros, para abordar a temática dos incêndios.

“É algo importante que está a passar ao lado desta campanha, que é a falta de prevenção e também a questão da incompetência e a forma como foi dirigido pelo nosso Governo Regional”, afirmou o candidato, em declarações aos jornalistas, numa unidade hoteleira, no Funchal, onde o partido apresentou a candidatura, encabeçada por Joana Amaral Dias, às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

Miguel Pita defendeu que o gado deveria voltar a alguns pontos das serras madeirenses, argumentando que “potencia a economia regional na parte da pecuária” e, por outro lado, “combate indiretamente os incêndios”.

É necessário também apostar na prevenção, limpar ribeiras e plantas invasoras que potenciam fogos, destacou.

O cabeça de lista do ADN, acompanhado do líder do partido, Bruno Fialho, e da cabeça de lista às legislativas de 18 de maio, Joana Amaral Dias, considerou ainda que um arguido não deveria poder ser candidato às regionais.

Miguel Pita reafirmou igualmente o combate à abstenção, receando que neste ato eleitoral seja superior ao habitual.

Em 2023, na estreia em legislativas madeirenses, o ADN foi a candidatura menos votada, com 617 votos (0,47%), num universo de 135.446 votantes. Nas antecipadas de 26 maio de 2024 subiu um pouco a votação, conquistando 772 votos (0,58%).

As legislativas da Madeira de 23 de março, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.

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