A cabeça de lista da Força Madeira, coligação formada pelo PTP, MPT e RIR, defendeu hoje a criação de um regime de incompatibilidades no parlamento regional e a limitação de mandatos no governo do arquipélago.
“Tem de ser criado um regime de incompatibilidades na Assembleia Legislativa da Madeira, assim como existe no continente, coisa que o PSD nunca quis que se fizesse, exatamente para proteger a corrupção e os grandes interesses, e a limitação de mandatos para o governo regional”, afirmou à agência Lusa Raquel Coelho.
Segundo Raquel Coelho, esta era uma promessa de Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional desde 2015 e de novo cabeça de lista do PSD nas eleições regionais antecipadas do próximo dia 23.
“Mas essa promessa nunca se concretizou. Está agarrado ao poder para se escudar na imunidade parlamentar”, referiu.
A candidata assinalou ainda que “a cúpula da política madeirense é suspeita de corrupção”, situação que “não tem nada a ver com a sua atividade profissional, tem diretamente a ver com o exercício das suas funções”.
“E as pessoas anseiam e pedem por uma solução que erradique a corrupção na Região Autónoma da Madeira”, considerou Raquel Coelho, adiantando que “não é com gabinetes que se combate a corrupção, é não perpetuando um poder político sem alternância, que já lá vão 49 anos”.
Para a cabeça de lista, “não é preciso ser nenhum politólogo” para perceber que “muitos anos no poder leva a vícios, vícios esses que são corrupção e um regime de impunidade”.
Raquel Coelho sustentou que o arquipélago precisa de “alternativa democrática”, que pode ser alcançada se os eleitores votarem “noutras forças partidárias que não o PSD”.