A candidatura do PAN/Madeira às eleições antecipadas no arquipélago defendeu hoje uma bolsa de emergência para estudantes deslocados e quer que o executivo madeirense requalifique o edifício da universidade da região e a cantina com verbas do Orçamento Regional.
O PAN esteve hoje na Universidade da Madeira, no Funchal, onde a candidatura do BE também esteve de manhã, para “semear esperança” à juventude, realçou o candidato Válter Ramos, sublinhando que os jovens “são o pilar do futuro da região”.
Numa iniciativa de campanha sem a presença da cabeça de lista, Mónica Freitas, o ‘número dois’ na lista do partido considerou que, apesar de a gestão da universidade ser uma responsabilidade do Governo da República, o executivo regional deveria “ter algumas verbas para recuperar este edifício que é fundamental para dar qualidade de ensino aos estudantes […], assim como a cantina”.
O partido, que teve na anterior legislatura um acordo de incidência parlamentar com a coligação PSD/CDS-PP, defende também um reforço das bolsas de estudo, mas rejeita que os valores sejam iguais para todos os estudantes.
O PAN pretende, igualmente, criar uma bolsa de emergência para os alunos deslocados, para que “possam ter alojamento imediato” quando forem colocados na universidade, tendo em conta a lotação limitada das residências universitárias.
Válter Ramos alertou ainda para a necessidade de valorizar os investigadores, concedendo-lhes contratos de trabalho, de forma a poderem exercer a sua profissão e ter acesso, por exemplo, a um crédito à habitação.
O candidato acredita que o PAN, atualmente representado por um deputado no parlamento regional, irá manter a sua representação após as eleições do próximo dia 23.
Estas legislativas, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.