Porque este tema que tem vindo a ser objecto de reflexão, volto, mas agora a título de recomendação para alertar os senhores empresários que estejam atentos aos primeiros sinais da tesouraria negativa. Na circunstância procurem evitar os tribunais porque esse caminho regra geral, significa o fim da V/ empresa, cuja experiência de aproximadamente 15 anos com as insolvências, assisti à destruição de empresas com viabilidade de recuperação.
Acontece que e sempre que não se observe com o rigor exigido o que vulgarmente se designa de gestão financeira, naturalmente que, com o aproximar das datas dos pagamentos e que não disfrutem da liquidez suficiente, dá-se o estrangulamento da tesouraria. Evidentemente que se trata de uma matéria que do ponto de vista comercial obriga-se a ajustar a (tesouraria) ao sector em que a empresa está inserida. Num outro plano – o académico trata-se então de um curso muito recente designado de CIÊNCIAS EMPRESARIAIS, naturalmente mais enriquecido com conceitos até então ou desconhecidos ou mesmo influenciados pela evolução do poder financeiro internacional, que como sabemos comandado pela FED (USA). Esta por sua vez, tomou este assunto, como temos vindo a ver e a ouvir, num poder quase absoluto. Entretanto se considerarmos a questão jurídica (excesso de legislação), naturalmente que à portuguesa destinada às empresas que tem acontecido nos últimos anos, juntamente com a também evolução tecnológica, somos confrontados com “pesadelo”, em vez de alívios.
Num outro domínio – o sectorial, apenas para alertar que a gestão financeira utilizando as habituais “ferramentas”: mapas específicos; controlo de caixa; conta bancária e muito mais, e porque o seu modus operando varia de sector para sector, obriga-se tanto a gerência como a direcção da empresa a adaptar – se à sua própria natureza. Por exemplo no que concerne à rotação dos stocks, muita atenção. Noutros casos como por exemplo as empresas que utilizam pesados equipamentos, naturalmente que a sua gestão financeira deverá estar ajustada à cadência das reintegrações (depreciações) e consequentemente muito atenta, não só ao custo da respectiva manutenção como ao financiamento da sua substituição. Nas situações de rotação muito rápida como é o caso do sector alimentar cuja reposição é praticamente diária, essa gestão financeira, deve ser bem diferente da anterior razão pela qual toda a mecânica contabilística deve estar ajustada a todas estas realidades. Até aqui nada de novo.
Tudo o que acabo de dizer, não constitui novidade, mas talvez de interesse para o que veremos a seguir: Como todos os empresários devem calcular, a 3ª guerra mundial, infelizmente já começou. Pode não parecer!!! Não vale a pena comentários se a culpa é do Sr. Putin ou do Sr. Trump ou mesmo do Hamas ou de Israel ou de quaisquer outros senhores da guerra. A verdade é que, para que as empresas não venham a sofrer as consequências, já lá vão três anos, devem ir ajustando “a sua vida” às exigências, que qualquer guerra assim obriga. Com esta Crónica de Opinião, nasce um cenário não menos importante que os outros. Cada caso será objecto de estudo e que diz respeito a uma análise da natureza dos capitais aplicados na empresa e que por sua vez devem ser examinados em função do efeito que as taxas anunciadas pelos USA tenham junto das exportações/importações. Aqui, está em jogo o equilíbrio entre o poder de compra e os respectivos rendimentos das empresas. Neste quadro, tarefa nada fácil, há que haver preocupação na rendibilidade das organizações. Quanto ao factor trabalho, cuja componente é muito importante e que terá de ser muito bem estudado, merece especial atenção. Os empresários terão que ajustar tudo quanto lhes diz respeito, à realidade da guerra. As empresas continuam a sua vida; os poucos princípios gerais agora enunciados terão de ser ajustados às circunstâncias e nesse sentido e no caso do sector alimentar, (que não falte a comida, assim como a assistência médica) os de maior importância em plena campanha militar. Serão naturalmente as situações de maior destaque.
No que concerne ao efeito fiscal, naturalmente que o mesmo decorre da própria contabilidade, competindo ao contabilista da empresa estar muito atento às instruções (Ordens de Serviço; Despachos e outros) que uma vez publicados devem ser imediatamente postos em prática. A gestão financeira deverá ser ajustada a todas as circunstâncias da Guerra.