Escola Gonçalves Zarco ‘Diz Não à Violência Contra as Mulheres’

No âmbito da temática dos Direitos Humanos, as docentes Fátima Nóbrega, Maria do Céu Barcelos e Mónica Costa desafiaram os alunos das turmas do 9.º3, 9.º7, 10.º6 e 11.º5 a trabalhar o tema da violência contra as mulheres.

“Ao longo das aulas a problemática foi abordada de uma forma emotiva e realista, com o intuito de os alunos tomarem consciência de que este problema é muito grave e generalizado e que afeta mulheres de todas as idades, raças, etnias e classes sociais. Neste sentido, foram trabalhados vários tipos de violência: física, sexual, psicológica, económica e doméstica”, refere o presidente do conselho executivo, Ricardo Barcelos, em comunicado.

Foram igualmente trabalhadas as causas da violência, que passam pelos problemas de saúde mental e abuso de substâncias; ciúme e controlo; impunidade, histórico de violência cíclica e desigualdade de género, entre outras.

“Essas causas estão interligadas e muitas vezes reforçam-se mutuamente, criando um ciclo difícil de quebrar. Por isso, é essencial abordar estas questões de forma holística, por forma a prevenir e a combater a violência contra as mulheres, sendo que é ainda mais urgente capacitar as jovens para identificar qualquer tipo de comportamento abusador e que seja indicador de violência”, adita o presidente do estabelecimento de ensino.

Para divulgar a mensagem de dizer basta à ‘Violência Contra as Mulheres’, as docentes e os alunos saíram à rua vestidos de preto, demonstrado o luto por todas as Mulheres que morreram vítimas de violência, pelas que sofreram e sofrem às mãos dos abusadores e agressores.

Ontem, dia 7 de março de 2025, saíram da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco pelas 13h30 em direção ao Parque de Santa Catarina, onde foi feita a declamação de uma poema a enaltecer o poder feminino e toda a sua beleza.

Esta caminhada de protesto ‘Diz Não à Violência Contra as Mulheres’ pretende sensibilizar para o problema e alertar que qualquer violência contra as mulheres é uma violação dos direitos humanos e tem consequências devastadoras para as vítimas, suas famílias e a sociedade como um todo.

“É importante reconhecer os sinais de violência e procurar ajuda, seja através de amigos, familiares e ou de organizações especializadas. Por conseguinte, é preciso que todas as Mulheres do mundo conheçam os seus direitos, pois garantir que os direitos humanos sejam efetivos e respeitados é responsabilidade de todos. Seguindo esta linha de pensamento, as docentes procuraram incutir a mensagem de que a garantia do respeito deve ser recíproca e reivindicada por todos nós e que jamais devemos nos calar perante a discriminação, os comportamentos abusivos e a violência de qualquer espécie”, esclarece Ricardo Barcelos, considerando que “esta sensibilização é a ‘semente’ lançada nos nossos jovens e será certamente um ‘gatilho’ mental que deverá disparar sempre que os alunos sofram qualquer tipo violência. Foram-lhes transmitidas as ferramentas necessárias para os capacitar a dizer NÃO contra a violência”.

De salientar que para além destas docentes, o grupo contou com a criação de uma faixa, pintada por um grupo de alunos, sob a orientação do professor Bernardo Pereira, onde foi escrita a mensagem ‘Diz Não à Violência Contra as Mulheres’.

As docentes agradecem o acompanhamento constante ao longo de todo o percurso feito por dois agentes da Polícia de Segurança Pública/Escola Segura.

Neste mesmo dia, no turno da manhã, os alunos do curso de Técnico(a) de Animação Sociocultural (11.º5), mediante a orientação dos professores da turma, desejaram um dia feliz a todas as mulheres que fazem parte desta instituição e, através da entrega de flores, elaboradas pelos próprios, com mensagens inspiradoras, homenagearam as Mulheres da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco.

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