A Câmara Municipal de Santa Cruz assinalou hoje o Dia da Mulher com o lançamento do livro ‘Mulheres de Liberdade’, uma onbra que narra histórias e vidas no feminino, todas elas de Santa Cruz, e que resulta de uma parceira estabelecida entre este Município e a UMAR, num projeto financiado pelo Apoio ao Associativismo da autarquia.
No prefácio, Joana Martins, coordenadora da UMAR Madeira, explica que ‘Mulheres de Liberdade’ reúne 12 histórias de vida de mulheres residentes no concelho de Santa Cruz, e que têm entre os 35 e os 90 anos de idade. São mulheres que exercem as mais diversas profissões, desde artesã, nutricionista, atriz, enfermeira, técnica superior, empregada de limpeza, diretora de colégio, professora, terapeuta, técnica oficial de contas, doméstica, educadora de infância, criadora de conteúdos e arquiteta.
“São mulheres com histórias ricas, repletas de mensagens que nos fazem refletir sobre a vida e respirar fundo, fazendo-nos adquirir mais humildade sobre o que implica ser mulher em tantos contextos. São histórias também das famílias onde nasceram, são excertos de vida que retratam as pressões e discriminações pelas quais passaram, as escolhas difíceis, as pressões e discriminações, a violência sofrida, a capacidade de lutar pelos sonhos e objetivos”, descreve Joana Martins, sublinhando que são “histórias que podem representar vidas de tantas outras mulheres”.
A presente publicação está integrada num projeto da UMAR que, desde 2012, tem vindo a realizar um trabalho de recolha e registo de histórias, com o projeto Memórias de Feminismos, em parceria com a CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
Na cerimónia de lançamento do livro, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, Élia Ascensão, presidente em exercício do Município, defendeu a necessidade de manter uma luta e vigilância atentas e ativas num mundo no qual a agenda política tem muitas vezes defendido um retrocesso nos direitos adquiridos, não apenas no que à igualdade de género diz respeito, mas também no respeito pelo outro na sua singularidade e diferença.
Esta cerimónia foi organizada pela Subunidade de Educação e Igualdade, tendo, de certa foema, antecipado a celebração do Dia da Mulher, que se assinala 8 de março.