CDU lamenta impactos negativos da turistificação e fala de danos ecológicos

A CDU dedicou o dia ao contacto direto com localidades na Ilha da Madeira onde são especialmente experimentados os “impactos negativos da turistificação e onde os danos ecológicos são gritantes”.

Edgar Silva, o n.º 1 da candidatura às eleições do próximo dia 23 de março, referiu que “o atual modelo de turismo para a Madeira e Porto Santo está a ampliar o prejuízo nos recursos naturais, o aumento da poluição, impactos físicos, desde logo, evidentes na floresta e na orla costeira e perda da biodiversidade”.

Uma opinião partilhada por Vasco Paiva, engenheiro florestal que participou nesta iniciativa e que defendeu “a necessidade de planeamento, de regras, de ordenamento, nos lugares onde se fazem sentir os danos ambientais provocados pelo turismo nesta Região”.

Ponta do Pargo, Paul da Serra, Fanal e Miradouro da Corrida foram alguns dos sítios visitados pela comitiva comunista, que alertou para “práticas predatórias associadas ao turismo com níveis de visibilidade muito variados. Crescem os danos nos recursos naturais, como o solo e as espécies vegetais, no mar e na floresta, na orla costeira e nas levadas… são cada vez em maior número os casos onde se verifica a modificação das condições naturais do ambiente, em consequência da grande circulação de pessoas e automóveis”.

Segundo Edgar Silva, e de acordo com nota enviada à redação, “se existem processos em que a turistificação dos territórios está a provocar tremendos e crescentes danos ecológicos, então, é preciso alterar tais dinâmicas. Existem ecossistemas frágeis, que necessitam de cuidados especiais para evitar a sua degradação. De outro modo, se o crescimento do turismo continuar a ocorrer de forma desenfreada, corre-se o risco de destruir de forma irreversível esses ecossistemas”.

No entender do candidato, “a Região precisa de uma programa de ação para resolver impactos negativos da turistificação. A Madeira e o Porto Santo precisam de um programa de intervenção prioritária para responder aos danos ecológicos, patrimoniais e ambientais provocados pelo turismo nestas ilhas. É inadiável somar ao planeamento e promoção do turismo os planos para o bom uso de espaços naturais e construídos, a fim de que sejam travados os impactos negativos no meio ambiente, na paisagem e nos territórios”.

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