Arábia Saudita condena bloqueio de Israel a Gaza como “punição coletiva”

Palestinianos respeitam o Ramadão em território destruído e agora sem ajuda humanitária.

A Arábia Saudita condenou hoje a decisão de Israel bloquear a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, considerando-a um “instrumento de chantagem” e uma “punição coletiva”.

Em comunicado divulgado pela agência oficial SPA, o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita considera condenável a decisão do governo israelita de bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

“Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional (…) tendo em conta a catástrofe humanitária que o povo palestiniano irmão enfrenta”, acrescenta o comunicado saudita.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou hoje a suspensão de “todas as entradas de bens e fornecimentos na Faixa de Gaza”, que se encontra numa situação de catástrofe humanitária.

A Arábia Saudita reitera, no comunicado, o apelo “à comunidade internacional para que ponha fim a estas graves violações israelitas” e “garanta um acesso duradouro à ajuda” ao povo palestiniano.

Netanyahu explicou esta decisão pela rejeição do Hamas de um compromisso americano que previa o prolongamento da primeira fase do acordo de cessar-fogo – que expirava a 01 de março – durante o Ramadão e a Páscoa, ou seja, até meados de abril.

Este desacordo sobre a continuação do processo entre Israel e o Hamas corre o risco de fazer desfazer o acordo de tréguas que entrou em vigor a 19 de janeiro, após 15 meses de guerra devastadora em Gaza, desencadeada pelo ataque de 07 de outubro perpetrado pelo Hamas.

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