O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, defendeu hoje que a Ucrânia deve ser “absolutamente” incluída nas conversações destinadas a pôr fim à guerra com a Rússia, que hoje completa três anos.
“Estamos a ver surgir uma nova equação. Para obter resultados com este novo processo, a Ucrânia deve ser absolutamente incluída e esta guerra deve terminar através de negociações conduzidas por mútuo acordo”, insistiu.
Na semana passada, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou a importância da participação ucraniana nas conversações.
“Congratulamo-nos com o desejo de Trump de pôr fim à guerra através de negociações (…) mas o caminho para uma paz justa e duradoura só pode ser aberto por uma equação em que todas as partes envolvidas estejam representadas”, insistiu o Presidente turco, que recebeu hoje o ministro russo dos Negócios Estrangeiros em Ancara.
Numa mensagem de vídeo transmitida em Kiev antes da cimeira internacional para assinalar o terceiro aniversário da guerra, Erdogan já tinha argumentado que Kiev e Moscovo deveriam ser representados “de forma igual e justa”.
A cimeira internacional de Kiev assinala os três anos da invasão russa, com a presença de 13 líderes estrangeiros na capital ucraniana e com outros 24 remotamente, para discutir novas medidas para pôr fim à guerra e abordar possíveis garantias de segurança para a Ucrânia quando o conflito terminar.
O Presidente ucraniano indicou domingo estar a trabalhar na organização de outra cimeira, numa capital europeia não especificada, para discutir garantias de segurança que possam ser oferecidas à Ucrânia para evitar um novo ataque russo quando a guerra terminar.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e militar dos aliados ocidentais.