Mais 242 deportados dos Estados Unidos regressaram à Venezuela

Mais 242 migrantes venezuelanos deportados dos EUA, incluindo pela primeira vez mulheres e crianças, regressaram hoje a Caracas num voo proveniente do México, anunciou o ministro de Interior e Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello.

Este é, segundo a imprensa local, o terceiro voo com venezuelanos deportados dos EUA que regressam à Venezuela. O primeiro teve lugar em 10 de fevereiro de 2025 com 190 deportados e o segundo em 20 de fevereiro com 177 que tinham sido inicialmente enviados para a base militar de Guantanamo, em Cuba.

“Bem-vindos ao nosso país, à nossa pátria. Estamos a fazer o que nos corresponde, a instrução dada pelo Presidente Nicolás Maduro de vos receber como irmãos, irmãs, e fazemo-lo com amor”, disse o ministro no Aeroporto de Maiquetía, a norte de Caracas.

A chegada do avião foi transmitida pelo canal de televisão estatal VTV.

O ministro explicou que as autoridades vão cumprir vários protocolos, entre eles o acompanhamento médico necessário e identificação. Também que vão ser verificados os registos criminais dos adultos para saber se têm algum processo aberto noutro país.

“Fazemos isso com o rigor necessário, porque nos disseram que vêm criminosos de todos os tipos dos Estados Unidos, que vinham do ‘Tren de Aragua’ [grupo criminoso venezuelano com ramificações em vários países] e nenhum deles pertence a esse grupo. Temos a identidade de todos eles (os membros do ‘Tren de Aragua’) que saíram devido à ação, ao combate, dos organismos de segurança do Estado [venezuelano]. Todos eles foram para a Colômbia para serem protegidos por Álvaro Uribe e Iván Duque [ex-presidentes colombianos]”, disse o ministro.

Diosdado Cabello precisou que uma vez que estejam cumpridos os protocolos, estes venezuelanos vão ser levados a casa para que sejam recebidos pelos familiares.

Também que neste voo que pela primeira vez incluía mulheres e crianças, chegou uma menina cujo nascimento não foi registado e que “a Venezuela será o seu país, onde estará registada”.

O ministro explicou que o repatriamento foi possível graças ao Plano da Pátria, criado em 2018 pelo Presidente Nicolás Maduro, para trazer de regresso ao país, em aviões da Conviasa, os venezuelanos que emigraram e querem regressar.

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