O CDS-Madeira defende a criação de um Plano de Coesão Territorial, Económico e Social para combater a desertificação dos concelhos da costa norte da Madeira, onde, a cada década, a população tem diminuído em cerca de 10%.
Segundo o partido, a baixa natalidade e a saída de jovens para a costa sul ou para o estrangeiro são reflexos da falta de investimento privado, escassez de oportunidades de emprego e ausência de condições para a fixação da população.
Atualmente, 85% dos madeirenses vivem no eixo Ribeira Brava-Machico, o que, de acordo com o CDS, traz desafios ao nível da ocupação do território, urbanismo, habitação e acesso à Educação e à Saúde. Para inverter esta tendência, o partido propõe medidas que incentivem o equilíbrio demográfico e valorizem a Paisagem Rural Humanizada da Madeira, considerada um dos principais atrativos turísticos da Região.
O CDS-Madeira acredita que o desenvolvimento da costa norte deve assentar na dinamização da agricultura e do turismo, mas alerta que, para isso, é fundamental captar investimento hoteleiro e criar condições que permitam a fixação dos jovens e o regresso daqueles que emigraram.
Entre as medidas propostas pelo partido está a criação de um regime fiscal específico para a costa norte, abrangendo não só as empresas, mas também os residentes, com benefícios ao nível do IRS. Defende ainda apoios ao investimento privado, especialmente nas áreas do turismo, restauração, agricultura, viticultura, pecuária, artesanato e cultura, bem como a majoração dos fundos da União Europeia e um programa de incentivo ao regresso de jovens emigrados. Além disso, propõe a isenção de impostos para a construção ou aquisição de habitação.
O CDS-Madeira apela ainda ao Governo Regional para descentralizar serviços atualmente concentrados no sul da ilha, transferindo alguns para os concelhos da costa norte, fomentando assim a economia local e promovendo a criação de emprego qualificado.
“O Norte tem todas as potencialidades para crescer e se desenvolver e deixar de ser apenas um lugar de enorme beleza, por onde se passa e passeia, mas que está a ficar com menor população e cada vez mais envelhecida”, conclui o partido.