Rússia e EUA vão realizar nova ronda de consultas diplomáticas

A reunião, que deverá centrar-se sobretudo na guerra na Ucrânia e ocorrerá num terceiro país, terá lugar ao nível de diretores de departamento, explicou à agência RIA Novosti.

A Rússia e os EUA vão realizar uma segunda ronda de consultas diplomáticas no prazo de duas semanas, anunciou hoje Serguei Riabkov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

A reunião, que deverá centrar-se sobretudo na guerra na Ucrânia e ocorrerá num terceiro país, terá lugar ao nível de diretores de departamento, explicou à agência RIA Novosti.

Riabkov destacou que existe o acordo de abordar, em profundidade, através de “consultas integrais” todos os assuntos “aborrecidos” que dificultam a normalização das relações bilaterais.

“Temos manifestado aos norte-americanos a nossa disposição de iniciar este trabalho o quanto antes”, sublinhou.

O diplomata destacou que Washington estuda, neste momento, as propostas que a delegação russa apresentou na terça-feira, durante a primeira ronda, realizada na capital saudita, Riade.

“Saudamos a mudança de tom por parte dos Estados Unidos”, disse.

Ao mesmo tempo, considerou que estão ainda sem resposta as perguntas sobre em que medida e quando as declarações se transformarão em factos práticos.

Entre as prioridades russas, destacou o regresso de seis propriedades diplomáticas arrestadas em território norte-americano, o aumento do número de diplomatas e a aprovação do embaixador russo, após a renuncia do antecessor, antes das eleições presidenciais.

Pela sua parte, deu por iniciado o trabalho de preparação da esperada reunião entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump.

“O acordo sobre a reunião deve ser precedido por um intenso trabalho preparatório. De facto, já começou. E as negociações de Riade são uma parte importante desse trabalho”, indicou.

A Rússia e os EUA acordaram, em Riade, iniciar um processo de normalização diplomática, respeitar os interesses geopolíticos e criar grupos de trabalho para negociar um acordo pacífico para a guerra na Ucrânia.

Depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, assegurar que não reconhecerá os resultados das conversações sem a participação de Kiev, Putin garantiu que ninguém excluiu os ucranianos da mesa de negociações.

Tanto russos como norte-americanos coincidiram em opor-se à presença dos europeus, que reagiram aprovando um novo pacote de sanções a Moscovo, que entrará em vigor por ocasião do terceiro aniversário da guerra, na segunda-feira.

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