O arranque dos trabalhos do Congresso do PS/Madeira, que decorre hoje e amanhã, no Centro de Congressos, deu-se com o presidente do partido a apresentar a moção estratégia global. Paulo Cafôfo começou por sublinhar que esta reunião magna “não é apenas um encontro de militantes socialistas, é um momento de partilha de histórias e lutas passadas, de amizades construídas ao longo de dezenas de anos”, de pessoas de diferentes idades e espalhadas pelo mundo, na diáspora.
O nosso partido com 50 anos é, antes de tudo, reflexo das aspirações de um povo que deseja mais prosperidade, mais progresso social, mais justiça, mais igualdade, mais oportunidade, mais bondade, mais tolerância e mais humanismo”, sublinhou Paulo Cafôfo, acrescentando que “o socialismo democrático, como é o nosso, procura que cada pessoa possa ter sucesso, mas esse sucesso não é conseguido à custa do outro, de espezinhar o outro, de enganar o outro”.
O líder do PS considerou que “infelizmente, o PSD tem, nesta nossa Região, procurado destruir o sentido de comunidade. Cultiva-se o “nós” e “eles”. Usa-se a manipulação, a intriga, a chantagem, o medo, procurando dividir para ficar a ganhar. Tenho uma coisa para lhes dizer: connosco não conseguirão”.
Paulo Cafôfo lembrou que as eleições internas que o reelegeram, no passado dia 31 de janeiro, foram realizadas por sua decisão. “Por essa razão, estão aqui por minha causa, mas não estão aqui em vão. No momento mais importante da nossa história democrática, enquanto Região Autónoma, passados 50 anos sobre a Revolução de Abril, não podia deixar que pairassem dúvidas sobre a liderança do partido. Muito menos sobre quem deveria ser o candidato do PS a Presidente do Governo Regional”.
Assim, foi claro: “sou candidato em nome do Partido Socialista e em nome de muitos madeirenses e porto-santenses que desejam outro governo, outro presidente, e alguém que de forma honesta, concretize, que execute com coragem, que faça diferente, para não andarmos com os mesmos assuntos, os mesmos problemas, todos os anos, toda uma vida”.
Nessa lógica, assumiu: “Sou candidato para fazer e não para apenas prometer. E fiz uma escolha, uma escolha pela terra que amo, onde nasci, onde vivo e onde morrerei. Tinha outras opções, mas fiz uma escolha natural, de aqui ficar ao vosso e ao vosso lado combater pela mudança desta nossa Madeira. Aqui estou e aqui sigo, com sentido de responsabilidade e de dever. Vivo, sinto e respiro este Partido com uma militância que é um modo de vida. Com a paixão de quem acredita que quando queremos, podemos, fazemos e alcançamos”.
O líder socialista realçou que, “e ao contrário do PSD e de Miguel Albuquerque, dei o exemplo do que é ser democrata e não ter medo dos militantes do partido a que pertenço. E é esta democracia que quero que a uma Madeira livre de medo, tenha com o Partido Socialista. Porque acredito que este Partido é o melhor meio para transformar a Madeira numa Região onde todas e todos, independentemente do berço em que nasceram, sejam tratados por igual e tenham as mesmas oportunidades”.
É para isso que aqui estamos, para unir vozes e fortalecer o Partido, para daqui de dentro, levarmos a todos os cantos da nossa Região, a esperança de um novo governo que lidere com transparência, com ética e com as pessoas no centro das decisões. Sei que é o sonho de tanta gente que faz pela Madeira. É este o nosso compromisso! E é com o PS que será possível”, afirmou ainda.