O XXII Congresso do PS/Madeira decorre hoje e no domingo, no Funchal, contando com a presença do secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, na sessão de encerramento.
A reunião magna dos socialistas madeirenses decorre depois das eleições internas do PS/Madeira, realizadas em 31 de janeiro, nas quais Paulo Cafôfo foi reeleito presidente da estrutura regional do partido, num sufrágio em que foi o único a concorrer e obteve 98,3% dos votos.
A sessão de abertura está marcada para as 10:45, seguindo-se a apresentação do relatório de atividades dos órgãos cessantes e o debate e votação de propostas de alteração estatutária.
Na parte da tarde, às 14:45, será apresentada e votada a moção de estratégia global ‘Estabilidade e Compromisso’, apresentada pelo presidente do PS/Madeira.
“As eleições regionais agendadas para 23 de março são uma oportunidade para romper com um modelo político ultrapassado e construir um futuro baseado na justiça social, na sustentabilidade e num programa progressista de desenvolvimento”, lê-se no documento.
O dirigente socialista destaca também um conjunto de prioridades, entre as quais a habitação, o combate à pobreza, a educação, economia, ambiente, cultura e saúde.
Segue-se a apresentação e votação de nove moções setoriais.
No domingo, decorrem as votações para os órgãos do PS/Madeira e a sessão de encerramento está marcada para as 12:30, incluindo a presença do secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos.
O congresso reunirá 300 delegados eleitos, além dos delegados inerentes e demais convidados, refere o PS, numa nota de imprensa.
Paulo Cafôfo decidiu avançar com a proposta de eleições internas depois de várias manifestações públicas nesse sentido por parte socialista madeirense Carlos Pereira, antigo líder do PS/Madeira.
Contudo, logo após o anúncio do sufrágio, Carlos Pereira disse, em declarações ao Diário de Notícias, que não iria candidatar-se por o prazo anunciado ser um “jogo viciado”.
Paulo Cafôfo, que tinha sido reeleito presidente do PS/Madeira em 02 de dezembro de 2023, respondeu que Carlos Pereira “já sabia muito bem quais eram os prazos” e que as eleições internas são realizadas pelo calendário eleitoral, acusando o opositor de prejudicar o partido.
O Governo Regional minoritário do PSD foi derrubado em 17 de dezembro de 2024 com a aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, que a justificou com as diferentes investigações judiciais envolvendo o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos. Entretanto, o inquérito de um deles – Eduardo Jesus, secretário de Economia, Turismo e Cultura – foi arquivado pelo Ministério Público.
A aprovação da moção de censura, inédita na Região Autónoma da Madeira, implicou, segundo o respetivo o Estatuto Político-Administrativo, a demissão do Governo Regional, constituído em 06 de junho do mesmo ano, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo.
Face a esta situação política, e depois de convocar o Conselho de Estado, em 17 de janeiro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a dissolução do parlamento madeirense e convocação de novas eleições regionais antecipadas em 23 de março – o terceiro sufrágio em cerca de um ano e meio.