O presidente do Governo Regional e do PSD/Madeira disse hoje que os três secretários regionais, constituídos arguidos no âmbito do processo Ab Initio, têm “uma idoneidade absoluta na nossa sociedade”.
“Portanto, ninguém os vê [a Rogério Gouveia (Finanças), Pedro Fino (Equipamentos e Infraestruturas) e Pedro Ramos (Saúde e Proteção Civil)] como suspeitos de estarem a fazer umas traficâncias com umas palermices quaisquer”, defendeu Miguel Albuquerque, à margem da iniciativa “Dia do Pensamento 2025 – evento do escutismo”, no Parque de Santa Catarina, no Funchal.
Dizendo que os membros do governo têm agora o estatuto de arguido “para poderem consultar o processo e esclarecer tudo”, Albuquerque lembrou que o estatuto de arguido “é um direito que é dado a quem é objeto de uma denúncia”, vincando que a condição em que agora estão “é um estatuto de direito, não é um estatuto de acusação”.
Por outro lado, questionado perante a circunstância de esses três membros do Governo não constatem na lista de candidatos a deputados para as eleições de 23 de março, Albuquerque respondeu que nunca teve “uma grande tradição” de meter “os secretários a candidatos”, e insistiu que os três governantes “não estão diminuídos em nenhum direito, nem político, nem cívico”.
Miguel Albuquerque confirmou também um encontro esta manhã entre antigos governantes e ex-deputados do PSD, numa iniciativa organizada pelo anterior líder parlamentar Jaime Ramos.
“São pessoas que querem apoiar este PSD e que querem que o PSD continue neste momento de grande responsabilidade política com o seu histórico de serviço à Região”, justificou. Segundo Albuquerque, o grupo, que contribuiu para “construir a Madeira moderna”, defendeu ser “essencial, para o futuro dos nossos filhos e dos nossos netos, termos um Governo de estabilidade e com experiência”.
“Não podemos ter aqui aquela gente que anda a brincar aos partidos para dar cabo do desenvolvimento e do progresso da Madeira”, sintetizou.