No dia 1 de março, às 15h00, será inaugurada a exposição ‘To measure currents, you need three basic tools’, no Colégio dos Jesuítas, resultado de uma residência artística na ARDITI, MARE-Madeira e no Observatório Oceânico da Madeira (OOM), que decorreu entre julho e agosto de 2024.
Nesta mostra, as artistas Teresa Arega e Carolina Grilo Santos apresentam reflexões e registos da sua experiência, explorando o cruzamento entre arte e ciência.
Natural da Madeira, Teresa Arega (1997) revisita, na sua prática artística, a insularidade na identidade, na ponta dos dedos e nas narrativas que imagina, convidando a entrar num universo onde reminiscência e troça podem andar de mãos dadas. Carolina Grilo Santos (1993), partilha o presente com Teresa, já que ambas estão sediadas no Porto, e a ânsia de uma expedição que nunca se concretiza. Natural de Aveiro, tem no seu bolso penínsulas, ilhotas, gafanhas e uma curiosidade estranha pelos territórios e os mapas que os transportam.
Nesta exposição, que estará patente até dia 11 de março, as artistas cruzam os seus interesses científicos, geopoéticos, ficcionais e paracientíficos com a monitorização de espécies nativas e invasoras – ou parasitárias, como Carolina refere – e dispositivos, esquemas e estudos relacionados com a qualidade da água do mar.
Na Sala dos Arcos, a organização propõe um espaço de experimentação onde as regras se dissolvem e se flutua no azul. “Um jogo de navegação que convida a explorar as correntes invisíveis que ligam ciência e arte, invenção e verdade, diferentes dimensões temporais – tudo a partir de uma embarcação encontrada no meio do Atlântico”, lê-se num comunicado enviado à redação.
Refira-se que este projeto conta com o apoio da DGArtes.