O cardeal madeirense D. Tolentino Mendonça deixou, no Vaticano, esta manhã, o apelo do Papa Francisco, que substituiu na missa dominical, para que todos os artistas se unam à Igreja numa “revolução da beleza”, em favor dos mais frágeis.
O cardeal, natural de Machico, descreveu os artistas como “guardiões da beleza”, capazes de ouvir o grito dos pobres e sofredores, e, nesse sentido, incentivou-os a criar pontes e espaços de diálogo num tempo de divisões.
A arte, afirmou Tolentino Mendonça socorrendo-se de um texto do Santo Padre, deve se basear numa “revolução da perspetiva”, guiada pelas bem-aventuranças de Jesus, que proclama a felicidade dos humildes e aflitos.
“Deixai-vos guiar pelo Evangelho das Bem-Aventuranças e que a vossa arte seja anúncio de um mundo novo. Que a vossa poesia no-lo mostre! Nunca deixeis de procurar, interrogar, arriscar”, corrobora a reflexão, lida em italiano por D. Tolentino Mendonça.
O madeirense, de 59 anos, atualmente prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, na Cúria Romana, tomou o lugar do sumo pontífice na missa celebrada por ocasião do Jubileu dos Artistas e do Mundo da Cultura. Francisco encontra-se internado devido à bronquite.