A politóloga Teresa Ruel, é a última a intervir nos Estados Gerais do PS dedicados à habitação e saúde, e foi direta ao assunto.
A reabilitação do sistema político na Madeira é urgente, o que, a seu ver, até pela circunstância destes quase 50 anos sem alternância democrática, é, na sua ótica, “estranho”.
“Este foco nas instituições pode parecer uma abstração, mas para operacionalizar devemos ter esta arquitetura bem cimentada” e falou em instituições “cristalizadas”.
“São 48 anos do mesmo partido a governar”, referiu, sublinhando, tal como Daniel Neto, a “opressão social” e a “dependência secular”.
”Porque é que os eleitores votam como votam? A dificuldade de perceber esta questão é precisamente pela opressão social, referindo achar que é algo até mais auto infligido.
Teresa Ruel não deixou de referir a “erosão eleitoral” do partido do poder na Região (PSD), que representa, como disse, um desgaste associado a 48 anos de poder, observando a oportunidade que isso constitui para fazer diferente. “O sistema político regional tem alguns vícios”, resumiu.
Os Estados Gerais do PS, dedicados à área social, começaram com o discurso de Paulo Cafôfo.
Seguem-se Gonçalo Leite Velho (coordenador dos Estados Gerais), Bruno Martins (arquiteto), Daniel Neto (médico psiquiatra), Eduardo Fernandes (sociólogo), Teresa Ruel (politóloga).