Triagem de Manchester

Com a saída do paraíso de Marcelo Rebelo e convocação de eleições legislativas regionais para 23 de março, as últimas semanas foram marcadas pelo normal rebuliço em relação a candidatos e listas dos partidos políticos. Mais do que aquilo que saiu na comunicação social, em que houve listas para todos os gostos, o verdadeiro jogo decorria fora dos holofotes, com o habitual desfile de alegados pesos pesados, de estruturas partidárias e da imposição de género. Até sondagens online foram realizadas para indagar o que fazia o eleitorado, entenda-se, eleitorado das plataformas digitais dos jornais, votar no partido A ou B, e surpreendentemente, o tal eleitorado vota no projecto e só depois nos candidatos. Diria que vota esse eleitorado e o eleitorado que realmente conta, o que irá deslocar-se novamente, em menos de um ano, às urnas eleitorais para exercer o seu direito de voto e que vai na esperança, que desta vez, a sua vontade, a escolha da maioria das madeirenses, seja respeitada.

Verde: Os 40 anos de Cristiano Ronaldo

O melhor jogador de futebol de sempre completou 40 anos com a energia, a alegria e a vontade de jogar que o caracterizam. O pequeno miúdo que calçou as chuteiras e a camisola do Andorinha, e que de Santo António partiu para deslumbrar o Mundo, segue somando vitórias e recordes pessoais que diariamente inspiram milhões. O menino de ouro é um exemplo de disciplina, de superação e de que o trabalho, a persistência e a dedicação, compensam.

Amarelo: Drill baby, drill!

Em um par de semanas de governação, Donald Trump já fez mais “estragos” que muitos furacões. A anunciada saída do Acordo de Paris, o desejo de expansão para a Gronelândia e o anúncio da guerra económica ao Canadá, México, China e União Europeia, são apenas alguns exemplos que abalaram a América e o Mundo. O certo é que a volta de Trump à Casa Branca foi um “passeio no parque”. Numa América saturada e presa ao politicamente correcto, desgastada e subjugada às regras do wokismo, perdida em pronomes e géneros, Trump chegou, viu e venceu. Apoiado num discurso claro e directo que apelava e ressoava ao cidadão comum, e com o empurrãozinho nada “fake”de Silicon Valley, a pátria, a família e a segurança voltaram à ordem do dia. Lembra-vos alguma coisa? Goste-se ou não do estilo, sem rodeios, sem filtros e altamente controverso e ruidoso, Trump consegue cativar e dar às pessoas aquilo que estas esperam de um político e de um governante, uma pessoa de acção, com capacidade de execução e que fala de igual para igual com o cidadão.

Vermelho: Lei da Paridade

Não consigo concordar em pleno com a lei da paridade. Tendo a discordar de uma imposição legal que não valoriza a capacidade e o trabalho de uma pessoa, mas sim o género, que é definido à nascença. Sempre defendi a igualdade de oportunidades mais do que leis que impõem quotas, com as quais tendo a discordar por não serem eficazes para a resolução do problema. Para as mulheres terem uma verdadeira possibilidade de serem mais participativas e poderem dedicar mais tempo à carreira profissional, à política, aos movimentos cívicos e ao associativismo precisam de uma mudança cultural de fundo, em que se deixe de olhar para a mulher apenas como a pessoa que tem a responsabilidade de criar os filhos, de cuidar da casa e do companheiro. Aí sim, todos podemos contribuir, porque uma divisão igualitária de tarefas e responsabilidades deixa tempo, disponibilidade e energia para que a tal participação aumente e as oportunidades surjam. Exige de nós, pais e educadores, a capacidade de educarmos as nossas crianças com a visão de igualdade de género para que de facto se mude o status quo. O resto parecem-me tentativas de menorizar o problema, de passar a mão pelo pêlo e eternizar à vista de todos, o binómio sexo forte/sexo fraco.

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