Realizou-se, ontem, no Restaurante ‘O Castelo’, o primeiro almoço-convívio da Academia do Bacalhau Mãe, evento que contou com um grande número compadres e comadres, alguns de outras academias, o que pode ser entendido como um sinal de concórdia, união e amizade.
O primeiro convívio de 2025 foi marcado pela presença do Cônsul-Geral de Portugal em Joanesburgo, Afonso Laginha, que após assumir funções recentemente aceitou o convite formulado pela direção da Academia.
O diplomata foi apresentado pelo compadre vice-presidente, Vasco de Abreu, que no termo da apresentação pediu um “Gavião de Penacho”, que foi correspondido pelos presentes.
Rogério Nascimento, compadre-presidente da Academia, não esteve presente por se encontrar em Portugal a receber tratamento médico em virtude de uma queda sofrida durante a época festiva do Natal .
O repasto, com o “fiel amigo”, como sempre bem confecionado, decorreu de forma deveras agradável num ambiente de franca cordialidade.
O compadre Vasco Abreu retomou a palavra tecendo algumas considerações sobre as atividades da Academia para o ano corrente e, seguidamente, António Laginha, dirigiu-se aos presentes que aguardavam, com alguma expetativa, para ouvir o novo Cônsul-Geral de Portugal.
Afonso Laginha começou por agradecer o convite que lhe foi feito para estar presente. Elucidou que havia chegado a Joanesburgo há pouco tempo, após ter passado o Natal e Ano Novo no país, pelo que só agora começou a conhecer a comunidade.
“Como todos nós sabemos, é uma numerosa e ainda bem que assim é. Mas estou muito grato pelo acolhimento que me têm dispensado e por me abrirem as portas e mostrarem as instituições e virem ao meu encontro”, disse.
“Quero vos assegurar que estarei sempre à vossa disposição”, acrescentou, explicando que considera “que numa função de cônsul-geral, o meu papel, é estar dentro das instalações físicas do consulado geral para coordenar a equipa para receber diretamente os cidadãos”.
Depois expressou o seu reconhecimento à Casa Mãe da Academia do Bacalhau. “Há alguns anos atrás acharia que esta Academia Mãe, onde tudo começou, teria nascido no Canadá ou Estados Unidos, em locais que pareciam mais óbvios face à emigração portuguesa. Mas curiosamente foi na África do Sul, na cidade de Joanesburgo”, disse.
“Acho que isto é algo que nos deve orgulhar e muito. Por isso, estou-vos grato por manterem a instituição viva, como também estou grato a todos os outros que têm as suas associações, pois considero que o associativismo é fundamental sobretudo estando nós estamos muito longe de casa ou das nossas raízes, como é o caso de vocês e das vossas famílias”, declarou Afonso Laginha.
O novo cônsul-geral “encorajamento”, lembrando que “vamos todos envelhecendo e que quem aqui já nasceu, se calhar mais da minha geração e depois filhos e netos etc., talvez não sintam tanto o apego e a necessidade de participar nas atividades da comunidade”.
“Agradeço-vos do fundo do coração por continuarem a fazer isto, porque o fazem não por vocês mas pelos portugueses e por tudo o que vocês deram quando os portugueses aqui chegaram”, afirmou o diplomata, lembrando que “muitos de vós foram pioneiros da nossa presença na África do Sul. Curiosamente, não é um sítio onde historicamente tivéssemos uma relação de pessoas”.
“Quem veio de Portugal, quem veio das ex-colónias, por tudo o que vocês deram, sei que vão continuar a dar. O meu muito obrigado”, concluiu Afonso Laginha, sendo bastante aplaudido e felicitado pelos presentes.
Seguidamente, o compadre Vasco de Abreu e a Comadre Sandra do Nascimento, num gesto de agradecimento e cortesia, procederam à entrega de um diploma de compadre da Academia do Bacalhau Mãe, com as assinaturas de todos os presentes ao almoço.