“A Iniciativa Liberal Madeira manifesta-se contra o investimento de milhões de euros que o Governo Regional insiste em fazer, através da Sociedade Ponta Oeste, num campo de golfe na Ponta do Pargo, deixando para trás prioridades tão necessárias como o investimento na saúde, educação ou em infraestruturas essenciais para os madeirenses”.
A posição é defendida por Gonçalo Camelo, coordenador da IL Madeira, que indica que o campo de golfe, projetado por Nick Faldo, vai contar com 140 moradias e duas unidades hoteleiras, a serem exploradas por privados.
“Este é mais um exemplo do modelo em que o governo socializa os custos e privatiza os lucros, assumindo os riscos de um negócio que deveria ser 100% privado”, refere, frisando que a IL Madeira considera que se este projeto fosse viável, “os investidores privados avançariam por conta própria, sem precisar de fundos públicos, e o facto de tal não acontecer demonstra que se trata de um investimento de rentabilidade duvidosa, onde os encargos recaem sobre os contribuintes e os lucros beneficiarão apenas alguns”.
A Iniciativa Liberal Madeira questiona “se terão sido devidamente avaliados os custos e benefícios do projeto, se está garantida a transferência efetiva dos custos e riscos para os futuros concessionários”, reforça, entendendo que estas são questões que precisam de ser discutidas e esclarecidas para garantir uma gestão responsável dos dinheiros públicos.
“Enquanto se financia um projeto comercial, há hospitais sem medicamentos, escolas degradadas, estradas por requalificar e uma Proteção Civil com recursos insuficientes, alerta a IL Madeira”, observa o partido.
A IL considera ainda que o Governo Regional deveria garantir que as necessidades básicas da população são atendidas antes de “gastar milhões num empreendimento elitista”.
“As falhas no abastecimento de medicamentos, os atrasos na construção do novo hospital e a degradação de infraestruturas essenciais mostram que há prioridades bem mais urgentes do que um campo de golfe. A governação deve focar-se no bem-estar dos madeirenses e não em projetos de luxo para benefício de alguns grupos económicos.”, defende Gonçalo Maia Camelo, coordenador da Iniciativa Liberal Madeira.
A Iniciativa Liberal defende um modelo em que o Estado não é empresário nem investidor, mas sim um facilitador de um ambiente económico justo e competitivo. O partido reforça que o papel do Governo Regional “não é construir campos de golfe, hotéis ou empreendimentos imobiliários, mas sim criar condições para que os privados possam investir, inovar e crescer sem depender de subsídios ou investimentos públicos”, disse, considerando também essencial garantir uma economia livre, transparente e eficiente.
“A Madeira precisa de uma governação que respeite os contribuintes e que coloque os serviços essenciais à frente de projetos de fachada. Os madeirenses merecem, além de melhores cuidados de saúde, uma educação de qualidade e infraestruturas seguras, antes de se considerarem investimentos supérfluos. Merecem, também, mais liberdade de escolha. Basta de despesismo e de decisões políticas que beneficiam apenas alguns. É hora de mudar de rumo e garantir que o dinheiro público é utilizado para melhorar a vida de todos.”, conclui.