Carlos Teles pede plano integrado de prevenção de incêndios e reflorestação

A Comissão de Agricultura e Pescas a Assembleia da República esteve esta manhã na Calheta, com observação de jaulas de aquicultura, visita ao centro de Maricultura e apresentação de cumprimentos ao presidente da Câmara Municipal, na agenda.

Neste encontro, Carlos Teles recordou os incêndios de 2023 que afetaram o concelho, mas lamentou a falta de visibilidade dessas ocorrências, comentando que os fogos que deflagraram em agosto de 2024 “foram mais mediáticos”, porque “o momento político era outro”. Contudo, os incêndios de há dois anos “aconteceram e houve pessoas que ficaram sem casa”.

Isto para defender, junto da comitiva liderada pela deputada Emília Cerqueira, a necessidade de uma abordagem global e coordenada a nível regional e comparticipação da República, evitando-se, dessa forma, planos isolados nos diferentes concelhos. “É necessário fazer aqui, na Madeira, um grande trabalho de proteção e prevenção da nossa floresta”, sublinhou, considerando que “é preciso olhar para a Madeira como um todo”.

Como referiu, “não posso estar na Calheta a fazer um plano de combate aos incêndios e ali ao lado a colega faz só para a Ponta do Sol ou o colega do Porto Moniz elabora outro. Somos tão pequenos que o projeto deveria ter a comparticipação da República, do Governo Regional, das Câmaras, das Juntas de Freguesia e com toda a gente envolvida num projeto regional”.

Carlos Teles considerou, aliás, que este plano deveria integrar não só a prevenção de incêndios florestais como na reflorestação e proteção da Laurissilva.

O autarca traçou ainda o cenário de desenvolvimento do concelho, graças às acessibilidades, abordou o setor agrícola, comentou que o concelho tem vindo a ser muito procurado para habitação por parte de estrangeiros, sendo este um município com muitos estudantes estrangeiros nas escolas.

Por seu turno, Emília Cerqueira deixou reconheceu que as autarquias são, de facto, as entidades mais próximas das populações e que há uma distância em relação à Assembleia da República. Por isso, a Comissão de Agricultura e Pescas quis se deslocar à Região para conhecer, no terreno, os “maiores problemas e ver a melhor forma de os resolver”

A deputada do PSD sublinhou que “fazemos questão e vir ao terreno, para contactar com a realidade no território, e ouvir as pessoas no terreno e não as chamar apenas a Lisboa e ouvi-las a partir da Assembleia da República”.

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