O Papa declarou hoje durante uma missa no Vaticano que o mundo atual é muitas vezes “marcado por formas distorcidas de afetividade”, o que se traduz em relações imaturas, precárias ou superficiais.
“Vivemos num mundo frequentemente marcado por formas distorcidas de afetividade, em que o princípio de ‘o que eu gosto’ nos leva a procurar no outro mais a satisfação das nossas próprias necessidades do que a alegria de um encontro fecundo”, afirmou Francisco durante a celebração das Primeiras Vésperas da Festa de Apresentação do Senhor.
Ao nível das relações afetivas, a situação “gera atitudes de superficialidade e precariedade, egocentrismo e hedonismo, imaturidade e irresponsabilidade moral, de tal modo que o marido e a mulher de uma vida são substituídos pelo ‘parceiro’ do momento”.
“Os filhos, em vez de serem acolhidos como um dom, são vistos como um ‘direito’ ou eliminados como um ‘incómodo’”, acrescentou o Papa na sua homilia por ocasião desta festa, que comemora a apresentação de Jesus Cristo no Templo de Jerusalém e se realiza 40 dias depois do Natal.
Francisco sublinhou que “face a uma crescente exigência de transparência prévia nas relações humanas e de humanização dos vínculos entre as pessoas e as comunidades, a castidade consagrada mostra ao homem e à mulher do século XXI um caminho para curar o mal do isolamento”.
Isto implica “uma forma livre e libertadora de amar, que acolhe e respeita todos e não força nem rejeita ninguém”.
“É importante que nas nossas comunidades cuidemos do crescimento espiritual e emocional das pessoas, tanto na formação inicial como na permanente, para que a castidade revele verdadeiramente a beleza do amor que se dá”, disse ainda.